Review: π (1998)
por Thiago Ramos Cheguei nesse filme por meio do excepcional trabalho de Darren Aronofsky em seus outros filmes: Noé, Cisne Negro (Sensacional!), O Lutador, Fonte da Vida, Réquiem para um […]
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por Thiago Ramos Cheguei nesse filme por meio do excepcional trabalho de Darren Aronofsky em seus outros filmes: Noé, Cisne Negro (Sensacional!), O Lutador, Fonte da Vida, Réquiem para um […]
por Thiago Ramos
Cheguei nesse filme por meio do excepcional trabalho de Darren Aronofsky em seus outros filmes: Noé, Cisne Negro (Sensacional!), O Lutador, Fonte da Vida, Réquiem para um Sonho (O mais conhecido) e seu primeiro trabalho: Pi.
O filme conta a história de Max Cohen (Sean Gullette), um matemático obcecado em encontrar um padrão no enorme número Pi (que vai muito além do conhecido 3,14). Essa obsessão é muito bem retratada no filme, e a paranoia do personagem chega a ser entendível devido à direção que consegue retratar tão bem o fato de que a cada descoberta, o personagem se torna mais doente mentalmente. Max Cohen possui um tutor, quase um mestre (Mark Margolis, o Tio Salamanca de Breaking Bad), ele tem um papel importante na trama, as conversas com ele são as partes mais racionais do filme, são quase uma explicação.
Pi me lembrou Fonte da Vida (2006), pelo seu carácter meio experimental/estranho, o que o torna um filme para poucos. Pi possui uma estética que incomoda e traz os sentimentos do personagem à tona. Contando com várias cenas de desespero e paranoia, Pi consegue te prender, pelo fato da curiosidade: “Onde esse cara vai acabar?”.
Todas as atuações estão perfeitas e os diálogos são ótimos, os quais explicam e confundem no mesmo nível, o que torna o filme ainda mais interessante e um ótimo filme, mas para poucos, pois desde seu carácter experimental até seu tema, o filme é denso, pesado, algumas cenas do desespero de Max chegam a perturbar. Pi é um excelente filme, mas infelizmente, nem todos terão essa mesma visão.
Na minha humilde opinião, esse filme retrata muito bem a psicologia humana, suas manias de querer entender o mundo e explicar o inexplicável, seja com razão e matemática, seja com religião, seja com os dois. A obsessão, paranoia, medo, curiosidade, desespero, cansaço e tudo que o personagem sente, são muito bem retratados com a direção, atuação e fotografia caminhando juntos.
O excelente primeiro longa de Darren Aronofsky é ótimo, mas se você não gosta, os primeiros minutos do filme serão um pouco torturantes. Se você aguentar esses minutos, o filme se tornará melhor. Se você aguentar até o final, você sairá com muita coisa sobre o que pensar.
Nota: 9