Review: X-Men: Fênix Negra (2019)
por Ed Jr. X-Men: Fênix Negra (Dark Phoenix), escrito e dirigido por Simon Kinberg (produtor da franquia desde “X-Men: Primeira Classe”), é o filme mais recente – e também o […]
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por Ed Jr. X-Men: Fênix Negra (Dark Phoenix), escrito e dirigido por Simon Kinberg (produtor da franquia desde “X-Men: Primeira Classe”), é o filme mais recente – e também o […]
por Ed Jr.
X-Men: Fênix Negra (Dark Phoenix), escrito e dirigido por Simon Kinberg (produtor da franquia desde “X-Men: Primeira Classe”), é o filme mais recente – e também o provável desfecho pelos estúdios Fox, já que os direitos foram adquiridos pela Marvel/Disney – do grupo de jovens mutantes que conhecemos lá no reboot iniciado em 2011.
O ano é 1992, os X-Men são considerados heróis nacionais e o professor Xavier (James McAvoy, “Vidro”) agora dispõe de contato direto com o presidente dos Estados Unidos. Quando uma missão da NASA dá errado, o governo convoca os mutantes para o resgate. Liderados por Mística (Jennifer Lawrence, “Jogos Vorazes”), os X-Men partem rumo ao espaço em uma equipe composta por Fera (Nicholas Hoult, “Tolkien”), Jean Grey (Sophie Turner, “Game of Thrones”), Ciclope (Tye Sheridan, “Jogador Nº 1”), Tempestade (Alexandra Shipp, “Com Amor, Simon”), Mercúrio (Evan Peters, “Quebrando Regras”) e Noturno (Kodi Smit-McPhee, “Deixe-me Entrar”). Ao tentar salvar o comandante da fracassada missão, Jean fica presa no ônibus espacial e é atingida por uma poderosa força cósmica, que acaba absorvida em seu corpo. Após o retorno à Terra, aos poucos ela percebe que há algo bem estranho dentro de si, o que desperta lembranças de um passado sombrio e, também, o interesse de seres alienígenas.
O elenco traz também: Jessica Chastain (“A Grande Jogada”), Michael Fassbender (“Steve Jobs”), Ato Essandoh (“Jason Bourne”), Halston Sage (“Antes Que Eu Vá”), Scott Shepherd (“Ponte dos Espiões”), entre outros.
Exatamente como no final da trilogia dos primeiros X-Men lá em 2006 (“X-Men 3: O Confronto Final”), aqui em X-Men: Fênix Negra nos deparamos com o arco A Saga da Fênix Negra das HQs e, ainda que a nova produção seja melhor do que a de 2006, o resultado também é bastante aquém do esperado.
Não é muito difícil superar o horroroso “Confronto Final”, mas, mesmo assim, o trabalho de Kinberg poderia – e deveria! – ser muito melhor. O resultado é cheio de inconsistências, com narrativa apressada e superficial, além de personagens subutilizados e que pouco acrescentam à trama. Incomoda também o modo como mudam de opinião e se viram uns contra os outros, sem mais nem menos os mocinhos se tornam vilões e vice-versa (é a receita Magneto: como em todos os filmes, começa neutro, se estressa e vira malvado, depois vê que se enganou e passa a ajudar os X-men).
Apesar do roteiro falho e sem o aprofundamento necessário, Kinberg acerta ao dar um tom mais sério ao filme (na escolha dos close-ups, ambientes chuvosos e soturnos, etc), com alguns toques de terror (os alienígenas) e alta carga dramática. Praticamente uma despedida desse universo mutante, tal qual “Logan” fez com Wolverine.
O estrelado elenco basicamente se repete e entrega o esperado. Sophie Turner e Nicholas Hoult se destacam com ótimas atuações, transmitindo em seus personagens toda a dor das perdas de Jean e do Fera. Em contrapartida, Michael Fassbender e Jennifer Lawrence, ainda que seus personagens tenham boas cenas, nos trazem atuações bastante preguiçosas e pouco inspiradas (claramente cansados do mesmo papel). A excelente Jessica Chastain é um enorme desperdício no papel de uma vilã insossa que não consegue provocar qualquer sensação real de ameaça (é bem provável que você saia do cinema sem saber o nome da vilã…).
Vale ressaltar que os efeitos especiais são bons (a sequência de abertura no espaço e a batalha no trem são excelentes!), a caracterização e a maquiagem dos personagens também – melhores do que no desastroso “X-Men: Apocalipse”.
X-Men: Fênix Negra até tem seus momentos, mas não passa disso. Aproximadamente 120 minutos de entretenimento razoável, cheio de altos e baixos (tal qual a franquia) e que, infelizmente, encerra o universo Fox dos mutantes de maneira bagunçada, genérica e bem abaixo do que poderia ser. Um enorme ‘era só isso mesmo?! Beleza então…’!
Nota: 6/10
PS: NÃO há cena extra depois dos créditos!