por Ed Jr.

O Grito (The Grudge), dirigido por Nicolas Pesce (“Os Olhos da Minha Mãe”), é um reboot do remake [WTF?! O.o] do filme de terror homônimo lançado em 2004. Explicando: a produção de 2004 é uma refilmagem do filme japonês de 2002 (o original “Ju-on”), e esse de 2020 é um reboot da refilmagem de 2004. Bem simples…. ¬¬

Logo nos primeiros dias em sua nova delegacia, a detetive Muldoon (Andrea Riseborough, “Oblivion”, “Animais Noturnos”) ganha um parceiro, o detetive Goodman (Demián Bichir, “Os Oito Odiados”, “A Freira”), e pega um estranho caso que se conecta com uma casa que está sempre vazia, mas que já teve muitos moradores ao longo dos anos, todos misteriosamente mortos. Assim, caberá à dupla descobrir o motivo por trás dessa ‘maldição’ que não perdoa ninguém, fazendo vítima atrás de vítima.

O elenco conta ainda com: Lin Shaye (franquia “Sobrenatural”), John Cho (“Buscando…”), William Sadler (“Um Sonho de Liberdade”), Jacki Weaver (“O Lado Bom da Vida”), Betty Gilpin (“Stuber: A Corrida Maluca”), Frankie Faison (“As Branquelas”), entre outros.

A franquia O Grito nasceu em 2004 lá pelas bandas hollywoodianas numa onda frenética de refilmagens de filmes japoneses de terror. Ju-on e Ringu (“O Grito” e “O Chamado”, respectivamente) foram os precursores do denominado J-Horror, subgênero que deu origem a vários remakes e continuações no universo das telonas americanas e japonesas.

Mas voltemos ao mais recente… No que parece uma tentativa de alcançar a nova geração de espectadores, o diretor Nicolas Pesce traz uma abordagem diferente em seu O Grito, com a narrativa fragmentada se desenvolvendo em flashes, já que a maldição é mostrada em três tramas secundárias e de épocas distintas. A ideia, apesar de interessante, não funciona e o filme vira uma bagunça de flashes de personagens que nós já sabemos estarem mortos.

Esse excesso de histórias e personagens não deixa espaço para o devido desenvolvimento de cada uma delas, impossibilitando o espectador de criar qualquer sentimento com quem e/ou com o quê se passa na tela, até porque já se conhece o final de cada pessoa ali. Os repetitivos jumpscares obviamente marcam presença e não agradam. Portanto, com esses pontos negativos, infelizmente nem o qualificado elenco consegue subir o nível do filme.

Em suma, O Grito tem algumas boas cenas de gore e violência gráfica – requisito esperado nas produções do gênero –,  mas a confusão das diversas tramas acaba entregando uma história embolada e sem graça. É mais um remake que não deveria ter sido produzido! Por conta desse tipo de projeto que grande parte do público torce o nariz quando se fala em reboot, remake, refilmagem, etc etc etc…

Nota: 4/10

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