por Ed Jr.

A Maldição do Espelho (Queen of Spades: Through the Looking Glass), dirigido pelo novato Aleksandr Domogarov Jr., é um filme de terror russo baseado numa lenda que diz que um espelho pode ser o portal para o Mundo dos Mortos e para a Rainha de Espadas, que realiza os desejos daqueles que a libertarem.

Na trama, após a morte da mãe em um acidente de carro, Olya (Angelina Strechina, “The Blackout”) e Artyom (Daniil Izotov, “Robo”) chegam ao novo colégio e precisam, além de desbravar o local e fazer novos amigos, superar alguns dramas e questões familiares entre si. Incrédulos a respeito de uma antiga lenda, os irmãos e um grupo de alunos acabam despertando o fantasma que realizaria todos os seus desejos, a Rainha de Espadas. O que eles não imaginavam era o preço cobrado: suas próprias almas.

O elenco conta ainda com: Valeriy Pankov, Vladislav Konoplyov, Anastasia Talyzina, Alyona Shvidenkova, Vladimir Kanuhin, entre outros.

Todo ano surgem inúmeras produções de terror baseadas em lendas urbanas e contos regionais. Boa parte dessas produções nem chega às telonas por pura falta de qualidade mesmo, entretanto, – sabe lá Deus por quê! – algumas delas acabam sendo lançadas nos cinemas. A Maldição do Espelho é uma dessas ‘pérolas’.

A primeira impressão já incomoda demais: o russo, idioma original, é sobreposto pela péssima dublagem em inglês, gerando vários momentos no estilo ‘novela mexicana dublada’. Além disso, temos roteiro preguiçoso, trama insossa, enredo cansativo, atuações bastante questionáveis, enfim, não há muito o que falar sobre o filme, pois nada se salva.

Extremamente superficiais e sem o aprofundamento necessário para gerar algum sentimento do espectador, as tramas são introduzidos e pouco desenvolvidos. São só personagens, que não nos causam comoção alguma, prestes a fazer uma bobagem enquanto passeiam nos corredores. Essa bobagem é libertar a tal Rainha de Espadas, que também aparece sem muitas explicações para começar seu ‘trabalho’ de jump scares previsíveis e desnecessários.

Ainda que possamos dar um desconto para o elenco, formado em sua maioria por crianças e jovens em começo de carreira, as atuações são bem fracas. Não há sinergia e nem transmissão de emoções, seja entre os próprios atores na tela, seja entre produção e espectador. Vale ressaltar que muito se perde pela falta de sincronia dos lábios e pela falta das vozes originais de cada ator/atriz.

Em suma, A Maldição do Espelho tem roteiro fraco, atuações duvidosas, peca nas poucas tentativas de assustar e os efeitos fazem jus à qualidade do filme. Ou seja, é uma daquelas produções que te fazem sair do cinema arrependido de gastar tempo assistindo. Forte candidato a pior filme do ano, junto com “A Possessão de Mary”…

Nota: 1/10

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