Filmes e Tal (est.2010)

por Ed Jr.

Guerra Civil (“Civil War”), apontado como o blockbuster de 2024 da produtora A24 (“Midsommar”, Trilogia “Pearl”, “Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo”), é um filme de thriller/suspense dirigido por Alex Garland (“Extermínio”, “Ex Machina: Instinto Artificial”), que nos mostra os EUA em meio a…. – SUSPENSE – … uma Guerra Civil!

Na trama, acompanhamos a perigosa trajetória de um grupo de experientes jornalistas e uma novata – Lee (Kirsten Dunst, “Homem-Aranha”), Joel (Wagner Moura, “Tropa de Elite”), Sammy (Stephen McKinley Henderson, “Duna”) e a novata Jessie (Cailee Spaeny, “Maus Momentos no Hotel Royale”) – em um cenário caótico por conta de uma guerra civil de proporções gigantescas que colocou em risco não apenas suas vidas, mas de pessoas em todo o país. Com vários desafios, a equipe luta para percorrer os EUA e chegar até o objetivo final em Washington: uma entrevista exclusiva com o Presidente antes que seja tarde demais e as facções rebeldes assumam o controle da nação.

O elenco conta ainda com Nick Offerman (série “The Great North”), Jefferson White (série “Yellowstone”), Nelson Lee (série “Stargirl”), Jesse Plemons (“O Irlandês”), entre outros.

Road trip cheia de perigos e obstáculos, estradas ocupadas apenas por carros destruídos e/ou largados, pessoas se revoltando e enfrentando as autoridades enquanto esperam pela entrega de suprimentos… Isso poderia ser facilmente um resumo de vários filmes de terror pós-apocalípticos infestados de zumbis, mas aqui em Guerra Civil o apocalipse é diferente, é real, é possível e é assustadoramente palpável.

É nesse cenário caótico que Garland traz a visão e importância do fotojornalismo em coberturas de conflitos, guerras e rebeliões, nos mostrando ainda a dificuldade dos profissionais em separar sentimentos a ponto de se tornarem frios o bastante para “somente” captarem o momento. Mais do que isso, o enredo apresenta uma realidade vivida em diversos países, com embates armados, mortes e banalização da violência, o que gera bastante tensão ao espectador no decorrer das quase 2 horas de filme. Essas cenas gráficas são muito bem compostas em belos cenários, com uma mixagem de som que potencializa a força do que é mostrado em tela e que te deixa sentado na beira da poltrona!

Ainda, as ótimas atuações corroboram a apreensão causada pela jornada do grupo. Destaque para a dupla de protagonistas interpretada por Kirsten Dunst, que se sai muito bem como uma profissional fria, com traumas e visivelmente cansada por tudo que vivenciou em sua carreira; e Wagner Moura, um jornalista praticamente viciado na adrenalina da guerra e que funciona quase como alívio cômico em certos momentos da produção.

Guerra Civil poderia ser mais aprofundado em alguns pontos, explicando detalhadamente os motivos que causaram o conflito. Talvez a falta de maiores explicações seja, ou não, um artifício do diretor para causar ainda mais incômodo e questionamentos, entretanto, isso não impede a produção de ser uma das mais interessantes de 2024. Se prepare para 2 horas intensas e empolgantes…

Nota: 9/10