por Ed Jr.

A Possessão de Mary (Mary), dirigido por Michael Goi (“Megan Is Missing”), é um filme de terror sobrenatural lançado em boa parte do mundo em setembro/outubro de 2019 e que somente agora chega aos cinemas brasileiros.

Na trama, David (Gary Oldman, “O Destino de uma Nação”, “O Espaço Entre Nós”) é um capitão de passeios turísticos que luta para se tornar seu próprio chefe e melhorar a vida de sua família. Estranhamente atraído por um barco abandonado que está em leilão, David impulsivamente compra a embarcação, acreditando que será o bilhete de sua família para a felicidade e a prosperidade. Mas logo depois que eles embarcam em sua jornada inaugural, eventos estranhos e assustadores começam a aterrorizar a família, fazendo com que se voltem uns contra os outros e duvidem de sua própria sanidade.

O elenco conta ainda com: Emily Mortimer (“O Retorno de Mary Poppins”), Manuel Garcia-Rulfo (“Assassinato no Expresso do Oriente”), Stefanie Scott (“Sobrenatural: A Última Chave”), Chloe Perrin (seriado “Single Parents”), Owen Teague (“It: A Coisa”), Jennifer Esposito (seriado “The Boys”), entre outros.

É sabido por todos os apreciadores do gênero que, ultimamente, os filmes de terror são repetitivos e completamente batidos. Os casos que fogem dessa regra são a exceção. A Possessão de Mary não é uma dessas exceções…

Roteiro patético, atuações ‘discutíveis’ e efeitos ruins: a produção de Michael Goi consegue juntar todos os itens necessários para um desastre. Ainda que possamos aplaudir a tentativa de ser original com a proposta de fugir do lugar comum e botar a trama num barco amaldiçoado, o filme é uma sequência de clichês e jump scares fracassados.

O ritmo da produção é arrastado e, ainda assim, nada é bem explicado. Não há desenvolvimento da história e tampouco dos personagens, impossibilitando o espectador de criar qualquer laço com o que se passa na tela. Da mesma forma, as atuações não cativam. Os diálogos são pobres e beiram o constrangedor, estragando até um excelente ator – ganhador do Oscar – como Gary Oldman (que substituiu Nicolas Cage, inicialmente escalado como o protagonista. E cá entre nós, Cage faria muito mais sentido nesse tipo de trabalho).

A Possessão de Mary é ruim, e não aquele ruim-bom dos filmes B. É uma produção que realmente se leva a sério e fracassa em tudo que tenta apresentar. É o típico filme que não deveria ser lançado de jeito nenhum deveria, no máximo, ser lançado direto em DVD! Resta saber como convenceram Gary Oldman a participar dessa bomba…

Nota: 2/10

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