Review: Ghostbusters – Apocalipse de Gelo (2024)
por Ed Jr Ghostbusters: Apocalipse de Gelo, dirigido por Gil Kenan (“A Casa Monstro”, “Poltergeist: O Fenômeno” de 2016), traz os descendentes da família Spengler na sequência da jornada iniciada […]
Filmes e Tal (est.2010)
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por Ed Jr Ghostbusters: Apocalipse de Gelo, dirigido por Gil Kenan (“A Casa Monstro”, “Poltergeist: O Fenômeno” de 2016), traz os descendentes da família Spengler na sequência da jornada iniciada […]

por Ed Jr
Ghostbusters: Apocalipse de Gelo, dirigido por Gil Kenan (“A Casa Monstro”, “Poltergeist: O Fenômeno” de 2016), traz os descendentes da família Spengler na sequência da jornada iniciada em 2021 (“Ghostbusters: Mais Além”), mas agora em um cenário mais conhecido dos fãs da franquia oitentista.
Como mostrado na cena pós-créditos de “Mais Além”, o novo filme leva os Spengler de volta ao lar doce lar do quarteto original: a famosa estação de bombeiros em Nova York. Trabalhando juntamente com o restante dos Caça-fantasmas, que desenvolveram um laboratório para estudos e pesquisas de fenômenos/aparições, o grupo precisa unir-se mais do que nunca quando a descoberta de um artefato antigo libera uma grande força do mal. Assim, caberá às duas gerações de caçadores proteger NY e o mundo dessa nova ameaça que planeja destruir a humanidade com uma segunda Era do Gelo.
O elenco traz de volta a família Spengler: Phoebe (Mckenna Grace), Sr. Grooberson (Paul Rudd), Trevor (Finn Wolfhard) e Callie (Carrie Coon); os Caça-Fantasmas originais: Peter (Bill Murray), Ray (Dan Aykroyd) e Winston (Ernie Hudson), além da Janine (Annie Potts). E nos apresenta alguns novos personagens como: Nadeem (Kumail Nanjiani), Dr. Wartzki (Patton Oswalt), entre outros.
Clichês, easter eggs, memórias e lembranças dos filmes originais… Todos esses ingredientes já estavam presentes no ótimo “Mais Além”, que funcionou perfeitamente como uma homenagem ao clássico ao mesmo tempo que entregava o ‘kit caça-fantasmas’ para a nova obra. Entretanto, Ghostbusters: Apocalipse de Gelo peca ao praticamente se escorar somente nessas memórias afetivas.
Com inúmeros personagens, o filme dirigido por Kenan se perde nesse mundaréu de gente e pouco consegue desenvolver as várias tramas secundárias. Dessa forma, o roteiro se torna genérico e os personagens tomam decisões sem qualquer motivo aparente, ou pior, decisões contrárias ao que obviamente deveria ser feito. Ponto negativo para Kenan…
As atuações são satisfatórias, ainda que não salvem o roteiro. McKenna Grace, jovem atriz que já se tornou uma realidade, sempre excelente. Paul Rudd e Carrie Coon também se saem muito bem nas dinâmicas familiares (sejam perseguições, sejam discussões parentais), ao passo que o personagem de Finn Wolfhard fica escanteado praticamente o filme todo e efetivamente pouco acrescenta à trama. As participações dos ‘originais’ são muito boas como sempre e rendem excelentes momentos, especialmente Dan Aykroyd.
Mesmo com tropeços, a produção, que se apega mais à comédia do que ao tom sombrio do filme de 2021, entrega bons momentos de ação – em especial da metade para o final –, ótimos efeitos especiais e novos gadgets bastante interessantes, transmitindo a sensação de modernidade que a nova geração vai abraçar na perseguição ao sobrenatural. Algo semelhante ao que foi tentado em 2016 no divertido filme das Caça-Fantasmas (review aqui), esculachado e odiado pelos machistas extremamente criticado na internet…
Enfim, Ghostbusters: Apocalipse de Gelo não inova e repete a fórmula de apostar na nostalgia. Seja pela falta de ousadia, seja pelo apego excessivo ao passado, é inferior ao filme de 2021, mas ainda traz a diversão e o entretenimento que podemos esperar da reunião das equipes. Sem muitas expectativas, é um bom passatempo para o final de semana!
Nota: 8/10
OBS: senti falta de participações das atrizes do filme de 2016 que claramente ficou – propositadamente ou não – esquecido no tempo…