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por Daniel Odon

“O Impossível”, filme com estréia agendada para a próxima sexta-feira, 21/12, conta-nos a estória das férias de natal de Maria, Henry e seus três filhos, em um resort paradisíaco na Tailândia, em 2004. Em um ambiente recreativo e convidativo, a família Bennett é surpreendida por um tsunami que devastou, em fração de segundos, aquela região às margens do oceano Índico.

O filme é dirigido por Juan Antonio Bayona – que também dirigiu “O Orfanato”. O elenco possui Naomi Watts, no papel de Maria Bennett, e Ewan McGregor, no papel de Henry Bennett. Sábias escolhas, pois o carisma de Naomi é garantia de retorno aos produtores de cinema, segundo noticiou a Revista Forbes em 2009.

A trama reproduz a atmosfera cataclísmica que envolve, em decorrência das fortes ondas, arrastão de milhares de pessoas, a destruição de bangalôs, árvores e carros. Neste cenário de devastação, Maria (Naomi Watts) e seu filho mais velho, Lucas (Tom Holland), encontram-se apartados dos demais familiares. O ponto central do filme gira em torno da primitiva angústia dos pais em meio a um desastre, a separação de sua prole e a incerteza do seu bem-estar.

Os fatos são baseados em eventos reais vividos por uma família espanhola que, no filme, é retratada por uma família britânica e a estória se desenvolve na procura de um ao outro nos dias que se seguiram ao tsunami. O filme conta, sem surpresas, com as impecáveis atuações de Naomi Watts e Ewan McGregor, além da irretocável direção de J. A. Bayona, que abrilhanta seu trabalho com felizes sutilezas, como o inconfundível som do “click” e expansão do gás na abertura de uma lata de coca-cola (marcando o regozijo da sobrevivência entre mãe e filho), a presença de inúmeros sobreviventes do tsunami de 2004 como figurantes e a nobreza e encanto de simples atos de altruísmo praticados pelos personagens, que fizeram grandes diferenças no cenário caótico.

Todo esse contexto real e fictício propicia ao amante da sétima arte e, ao curioso da maior catástrofe natural do século, a oportunidade de se entreter e ao mesmo tempo refletir a respeito do evento que arruinou aquela região, destruindo lares, histórias, famílias e gerações. Na escala de zero a dez, atribuo nota 9. Tenham um bom filme!

Nota: 9/10

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