Filmes e Tal (est.2010)

Por Lucas Moll

É tiro, porrada e bomba… É rolamento, carão e mais tiro, porrada e bomba. John Wick: Um Novo Dia Para Matar” é o segundo filme da saga de um assassino aposentado que tem que voltar à ativa por motivos de força maior.

Uma premissa tão batida quanto despretensiosa, consagrada por ícones da ação dos anos 90, como Charles Bronson, Van Damme e Steven Seagal. Mas, não é apenas a repetição de uma fórmula, o que já seria louvável em tempos de sombrio, realista e super heróis, é um filme que também reinventa seus clichés. O filme se passa pouco tempo depois dos acontecimentos do primeiro, com John recuperando um dos seus amores, um Mustang Mach 1. Uma sequência, recheada de colisões automobilísticas, lutas e tiros, deixando claro: “Se você quer ação, toma!”

Depois da preparação, o passado bate a porta de John e seguimos a trama recheada de tiros, sociedades secretas, códigos de conduta e personagens caricatos, como a extrapolação do que foi apresentado no primeiro filme, de uma forma que não incomoda, mas que preocupa para os próximos filmes. As coreografias de luta usando combates próximos com armas de fogo, elementos do cenário e violentas piadas visuais fazem o espectador dar sobressaltos na poltrona e já vale o ingresso, a pipoca e o chocolate.

As atuações são um caso a parte. Destaques positivos para Ian McShane (Winston), que interpreta o mafioso mentor rico, Claudia Gerini (Gianna D’Antonio) a poderosa chefona da máfia, que consegue fazer uma atuação digna de novela mexicana se encaixar perfeitamente em Hollywood e para Keanu Reeves (John Wick) na sua melhor persona calada, focada e precisa. A decepção mesmo fica por conta do reencontro mais esperado entre Reeves e Laurence Fishburne que acrescenta muito para o possível próximo filme, mas muito pouco para o atual.

John Wick é uma excelente pedida para um filme pipoca de ação, um revival com inovação do melhor do cinema de ação dos anos 90. Então assista o primeiro, corra para ver o segundo e saia do cinema rolando pelo chão e se esgueirando pelas paredes.

Nota: 9/10