por Dan Costa

A quarta parte da série de filmes de terror Pânico está chegando e como prometi, fiz a resenha de todos os filmes previamente lançados e deixei o melhor por último.

Lançado em 1996, Pânico foi uma febre mundial. Lembro-me vendo inúmeras matérias em jornais sobre o filme e sobre o gênero, que estava tendo uma safra fraca de filmes. Pânico trouxe de volta o terror com adolescentes, mas sem ser um filme burro, muito pelo contrário, é um filme extremamente esperto, com direito a vários sustos e um final surpreendente. O filme também serviu para ressussitar a carreira de Drew Barrymore, que após anos de abuso de drogas e outros problemas voltou aos holofotes depois de E.T.

Para quem ainda não viu  Pânico, aqui vai uma breve sinopse: Um serial-killer conhecido como Ghostface aterroriza uma pacata cidade, matando vários adolescentes e transformando a vida de uma garota e seus amigos num filme de terror.

Neste primeiro filme, temos os desenvolvimento e introdução de personagens de uma forma mais focada. Neve Campbell, Courtney Cox, David Arquette, Jamie Kennedy, Matthew Lillard, Skeet Ulrich e um novo Liev Schrieber fazem parte do elenco principal do filme. Neve Campbell é Sidney Prescott, personagem principal e heroína do filme. Campbell ainda era famosa por fazer Party of Five, mas o seu papel como Sidney a marcou para vida toda. Skeet Ulrich faz o papel de Billy, namorado de Sidney viciado em filmes de terror. Ulrich rouba a cena em vários momentos aqui, mas caiu no esquecimento nos anos subsequentes ao filme, voltando a ter sucesso no seriado Jericho. Courteney Cox aproveitou-se do seu sucesso como Mônica de Friends para abocanhar o papel de Gale Weathers, uma repórter sem escrúpulos que faz de tudo para conseguir furos de reportagem. O elenco como um todo fez o básico (gritou muito e/ou morreu) mas algumas atuações foram bem fracas, como a de David Arquette, que aqui faz Dewey Riley, um policial meio imbecil. O interessante é que a atuação de todos melhoram com o tempo, menos a de Arquette.
A direção fica por conta de Wes Craven. Craven consegue fugir de seu sucesso com o filme A Hora do Pesadelo com esse ótimo filme. Os diálogos são bem inteligentes, ótima cadência e claro, o toque de Craven faz toda a diferença. Seu parceiro no crime aqui é Kevin Williamson, que faz sua estréia como roteirista nesse filme. Williamson se tornou um “mago” do gênero ao passar dos anos.

Resumindo: Pânico é um clássico instantâneo, com cenas e diálogos memoráveis. Seu papel importante foi ter revitalizado um gênero que estava caindo em descrédito (como está acontecendo hoje). Numa época onde os filmes de terror não davam mais susto e eram caricatos, Pânico chegou para dar um tapa na cara da crítica.

Contagem de corpos: 7 (apesar de baixa contagem, Pânico foi o filme da trilogia que mais gastou galões de sangue falso, com 50 galões)

Nota: 9,5/10

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