Filmes e Tal (est.2010)

por Danilo Rocha

“Fugir não é uma opção” – diz o slogan do filme Isolados, que estreia em todo o país nesta quinta-feira (18).  Felizmente, para os espectadores, fugir é bem possível. Isolados começa muito bem, com uma cena de perseguição na mata, cheia de suspense e bem trabalhada. O início arrasador termina com uma cena bem clichê que vai fazer TODOS no cinema pensarem “ah, fala sério”. Depois disso, temos os créditos de abertura e somos apresentados ao casal protagonista do filme, Renata e Lauro, encarnados por Regiane Alves e Bruno Gagliasso. O casal está procurando um local para relaxar e fugir da loucura do dia-a-dia e alugam uma casa perto de onde aconteceu o crime da cena de abertura (claro). Neste lugar, Renata e Lauro se deparam com fatos estranhos e assassinatos brutais.

Com muito mistério desde o começo, o filme não se desenvolve e enrola muito para explicar pontos importantes para a trama. Gagliasso tem uma boa atuação, mas Regiane Alves parece que age de forma forçosa e atuação teatral. Existem trejeitos para cinema e outros para teatro, um não vai necessariamente funcionar no lugar do outro.

O finado José Wilker tem uma pequena participação no longa. Ele poderia ter se despedido de forma melhor.

Ah, o filme tem um ‘twist’ no final que teria tudo para ser genial se o roteiro não fosse repleto de problemas. O final, assim como o resto do filme, é confuso.

Resumindo: O diretor Tomas Portella tentou fazer algo diferente e ganhou pontos por isso. Mas Isolados peca em querer contar muita coisa em muito tempo, findando por não contar nada direito. Fica um gosto amargo na boca depois de ver um trailer bem feito e instigante. Veja no cinema apenas para estimular a produção de longas assim, tão difíceis de serem produzidos em terras tupiniquins. Se não estiver afim de dar aquele apoio, espere sair na TV a cabo.

Nota: 5/10