por Daniel Odon
A nova versão de “Tartarugas Ninjas” (Teenage Mutant Ninja Turtles), produzida pelo empresário Michael Bay (da franquia Transformers) e dirigida por Jonathan Liebesman, chega às telas com muitas expectativas de quem as acompanha desde 1980. Os avanços de computação gráfica de imagem e som tornam o filme um ícone do cinema moderno, sobretudo se se comparar as tartarugas das versões anteriores que, agora, parecem piadas.
A estória se mantém fiel ao roteiro original, onde Leonardo, Raphael, Donnatelo e Michelangelo são tartarugas mutantes que foram treinadas na arte do ninjitsu por Mestre Splinter, o rato que assume a figura paterna dos répteis. Todos vivem nos esgotos, mas sempre acompanhando o dia-a-dia na superfície da cidade de New York. Ao passo em que a população da cidade vai se aterrorizando com o crescimento da organização criminosa Foot Clan, liderada pelo vilão Shredder, o quarteto decide proteger a cidade e revidar a onda de crimes.
Durante uma atuação vigilante contra os soldados do Foot Clan, o grupo heróico é flagrado pela ambiciosa jornalista novata do Canal 6, April O’Neil (Megan Fox), que os persegue com o intuito de criar um furo de reportagem que a levaria ao estrelato. A medida que investiga as tartarugas, vai descobrindo que sua relação com elas vai além de suas impressões iniciais. Nesse passado em comum, vê-se entrelaçada em uma trama que envolve seu falecido pai, um renomado cientista, e seu ex-parceiro de laboratório e atual bem-sucedido empresário, Eric Sacks (William Fichtner). April então descobre que o Foot Clan possui planos devastadores para a cidade de New York e opta por juntar-se às tartarugas ninjas para salvar a comunidade, dividindo flertes entre seu colega de reportagem, Vernon Fenwick (Will Arnett), e o espirituoso Michelangêlo.
Como já era de se esperar, o roteiro do filme é bastante simples e superficial, sendo seu genuíno gancho a apresentação remasterizada do sucesso cartoonista, cinematográfico e de videogames, as tartarugas ninjas propriamente ditas. São hilárias, descontraídas e divertidas, criando uma atmosfera muito agradável de entretenimento para o espectador. Na verdade, essa visão planificada do filme foi a autêntica intenção de seus realizadores que, intencionalmente, escolheram manter as ações e diálogos brandos como desenho animado, de forma a alcançar todas as idades de público. Missão cumprida!
Nota: 8/10