por Ed Jr

Aquaman, dirigido pelo excelente James Wan (“Invocação do Mal”, “Velozes e Furiosos 7”), traz novamente Jason Momoa (“Game of Thrones”),  no papel do herói mais subestimando e desacreditado da DC Comics – já apresentado em Liga da Justiça –, agora em sua produção solo.

Arthur Curry/Aquaman (Momoa), fruto do amor entre o humano Tom (Temuera Morrison, “Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones”) e a rainha atlante Atlanna (Nicole Kidman, “As Horas”), vive a vida pós-acontecimentos da Liga da Justiça sem muito estresse, protegendo os mares de algumas ameaças aqui e acolá. Enquanto isso, seu meio-irmão Orm (Patrick Wilson, “Invocação do Mal”) planeja unir os reinos aquáticos e declarar guerra à superfície, num plano de vingança por toda a destruição causada pela humanidade.

Na tentativa de impedir que Orm destrua tudo, Mera (Amber Heard, “A Garota Dinamarquesa”) parte em busca da ajuda de Arthur para que, juntos, encontrem o lendário tridente do Rei Atlan (Graham McTavish, “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”). Somente com o poder da arma, o ‘mestiço’ filho dos dois mundos terá alguma chance de derrotar seu perigoso meio-irmão, assumindo seu lugar como herdeiro legítimo do trono de Atlântida e salvando toda a humanidade.

O elenco traz também: Willem Dafoe (Vulko), Dolph Lundgren (Rei Nereus), Yahya Abdul-Mateen II (Arraia Negra), Ludi Lin (Capitão Murk), Randall Park (Dr. Stephen Shin), entre outros.

Antes de tudo: Uau, Warner/DC… Que excelente trabalho! Depois de algumas produções de qualidade bastante duvidosa (ainda que eu não ache Liga da Justiça um lixo como a maioria acha), o estúdio acerta em cheio novamente e nos apresenta um parceiro à altura para Mulher-Maravilha (reviews aqui e aqui).

Se fôssemos definir o novo trabalho de James Wan em uma palavra, essa palavra seria ‘grandioso’. Mais conhecido no mundo do terror, o diretor, com seu toque particular nos planos-sequência e nas cenas de ação (batalhas bem coreografadas e filmadas com movimentos de câmera bastante específicos), reafirma sua capacidade de sair-se bem também em outros gêneros e transforma Aquaman num espetáculo visual.

Falando em visual, a produção usa e abusa dos efeitos especiais e CGIs. Fato é que a Warner/DC deveria tomar umas aulinhas com a Marvel sobre como fazer isso com perfeição, pois, em alguns momentos, tais efeitos deixam a desejar, apresentando personagens ‘borrachudos’ e rostos claramente digitalizados (nada que atrapalhe a experiência, graças aos céus!!!). A fotografia do filme é belíssima, os cenários são um deleite e o figurino – quase todo feito em computação gráfica – é maravilhoso. Mais uma estrelinha de bom menino para Wan ✪.

O elenco é conhecido e extremamente competente. Além da confirmação do badass Jason-homão da porra!♥-Momoa como o Aquaman definitivo (o cara nem precisa se esforçar! Certeza que saiu diretamente de alguma ilha paradisíaca onde surfava tranquilamente para vestir a roupa do herói…), também temos Amber Heard se destacando. A atriz faz um excelente trabalho como Mera, uma princesa forte e determinada, impondo-se em tela e mostrando ser tão importante quanto o protagonista. Da mesma forma, os ‘coadjuvantes’ merecem aplausos; Patrick Wilson expressa com maestria a megalomania do vilão e o trio Kidman/Lundgren/Dafoe dispensa comentários!

Entretanto, apesar das ótimas atuações, é nesse ponto que Aquaman mostra outro ponto fraco. O excesso de personagens incha demais a produção, relegando alguns à meras participações sem qualquer destaque, aparecendo e desaparecendo sem muitas explicações (o próprio Dafoe é um desses casos. Vulko é importante, mas mal aproveitado, assim como o antagonista Arraia Negra). É muito cacique pra pouco índio, ou nesse caso, muito peixe pra pouca água… tudum psss ¯\_(ツ)_/¯.

Bom, esses pequenos detalhes negativos não estragam a incrível experiência que é Aquaman. Outro tiro certeiro após Mulher-Maravilha, o filme é uma HQ transportada diretamente para as telas do cinema e assegura facilmente o segundo lugar de melhor filme de super-heróis de 2018 (perdendo somente para Vingadores: Guerra Infinita). Se esse for o padrão que a Warner/DC pretende seguir, a Marvel terá forte concorrência no futuro!

Nota: 9/10

PS. 1: Cena extra no meio dos créditos! Fique no cinema…

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