Review: Cinquenta Tons de Cinza (2015)
“I don´t make love. I fuck. Hard” por Dan Costa Cinquenta Tons de Cinza conta a história de Anastasia Steele, uma graduanda em literatura que conhece sem querer o bilionário […]
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“I don´t make love. I fuck. Hard” por Dan Costa Cinquenta Tons de Cinza conta a história de Anastasia Steele, uma graduanda em literatura que conhece sem querer o bilionário […]
“I don´t make love. I fuck. Hard”
por Dan Costa
Cinquenta Tons de Cinza conta a história de Anastasia Steele, uma graduanda em literatura que conhece sem querer o bilionário Christian Grey. Com o passar do tempo, Steele se vê envolta nas peripécias sexuais de seu novo amor.
Vou começar dizendo. Não, eu não li o livro. Esta crítica é de alguém que ouviu muita gente falar desta obra literária, mas que foi ver o filme com mente aberta e sem preconceitos.
O lado bom do filme: a trilha sonora foi envolvente e funcionou em 90% do filme, a fotografia também foi muito bem feita e ótima edição. Não vou deixar de falar da direção de Sam Taylor-Johnson, uma diretora talentosa que fez milagre aqui com o roteiro dado à ela. Espero que Cinquenta Tons abra portas para ela para projetos melhores e mais ambiciosos.
De bom, é isso. Agora o resto…
O roteiro é muito pobre, cheio de falas ridículas, que fez as pessoas na sessão da pré-estréia grunhírem a cada execução. A atuação. Também como foi mencionado logo após a exibição do filme, os protagonistas Dakota Johnson (Anastasia Steele) e Jamie Dornan (Christian Grey) não tinham tanta química entre eles e a qualidade da atuação lembrava aquelas peças que fazíamos na escola. Apesar de serem atores profissionais, eles pareciam amadores. Cada mordidinha que a personagem Anastasia dava no canto da boca parecia forçada demais.
O burburinho em torno de nada….
O próprio Christian Grey se “bullyniza” quando fala para a Anastasia Steele que “se eu te falar o que eu faço, você nunca mais vai olhar para mim”. E o apelo sexual é muito fraco comparado ao buzz que vem recebendo. Aposto que os adeptos ao sadomasoquismo ficarão decepcionados com o filme, e quem esperava mais, também. Há grupos de pessoas que querem boicotar o filme. Pessoal, relaxem! Há mais sexo e sadomasoquismo em Instinto Selvagem do que em Cinquenta Tons de Cinza. Até em Game of Thrones vemos mais ‘ação’ que aqui.
Já escutei muita gente falando “Christian Grey é perfeito”. E também já ouvi que ele é perfeito porquê não existe. O cara é um milionário, que curte dominação, perdeu a virgindade com a ‘miguxa’ da mamãe, mimado, controlador, etc. Mas ele tem dinheiro, jatinhos, carros, etc. O amor existe.
Como diz o sábio C.G., “I don´t make love. I fuck. Hard” . As mina pira no romance.
Entre 9 1/2 Semanas de Amor e Cinquenta Tons de Cinza, acho que as mulheres que viram os dois vão preferir o primeiro.
Curiosidade: O ator de Sons of Anarchy, Charlie Hunnam, saiu da produção um pouco antes das filmagens começarem, segundo o próprio, ele pediu para sair pois sabia que o roteiro era ruim.
Resumindo: Cinquenta Tons de Cinza fez muito alarde antes de chegar às telonas. Um sucesso nas livrarias que não se deverá se repetir nas bilheterias. Muita gente deverá vê-lo pela curiosidade, mas o boca-a-boca irá pesar contra a película. Creio que o público que irá gostar disso aqui será aquele que gosta do pornozinho softcore meia-boca do Multishow. Até aqueles são melhores.
Nota: 3/10