Review: A Forma da Água (2017)
Nota da autora: Sou uma entusiasta em relação a Guillermo Del Toro. E não é atoa que recebeu 7 indicações ao Globo de Ouro (levando duas premiações: “Melhor Diretor” e […]
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Nota da autora: Sou uma entusiasta em relação a Guillermo Del Toro. E não é atoa que recebeu 7 indicações ao Globo de Ouro (levando duas premiações: “Melhor Diretor” e […]
Nota da autora: Sou uma entusiasta em relação a Guillermo Del Toro. E não é atoa que recebeu 7 indicações ao Globo de Ouro (levando duas premiações: “Melhor Diretor” e “Melhor Trilha Sonora”) e 13 indicações ao Oscar.
A Forma da Água (The Shape Of Water) dirigido por Guillermo Del Toro (“O Labirinto do Fauno” e “Círculo de Fogo”) é um filme estadunidense de drama, fantasia e romance, lançado no ano de 2017.
“Em uma instalação de pesquisa secreta na década de 1950, uma zeladora solitária constrói um relacionamento único com uma criatura anfíbia que está sendo mantida em cativeiro.”
“A Forma da Água” é a nova fábula de Guillermo Del Toro que traz todo o amor do diretor por monstros e demonstra o porquê ele está aonde está.
Muitas vezes assemelhando-se com o “O Labirinto do Fauno”, onde temos no começo um conto narrado em off e mais uma história de princesa (como é dito). Temos uma princesa, temos um príncipe, um antagonista (extremamente semelhante ao Capitão Fidal) e uma história que nos deixa ansiosos.
Tudo na narrativa nos deixa vidrados, é incrível como a direção de arte, a produção de designe e trilha sonora fazem com que a gente viva a grande magia do cinema onde tudo parece surreal e lindo. A cada ambiente, toda essa estrutura nos provoca uma vontade de visitar aqueles sets exagerados: um apartamento todo amadeirado em cima de um cinema antigo, ou até mesmo um laboratório que nos remete a ambientes de ficção cientifica B.
Temos também o romance nada romântico, com quebra de tabus e a demonstração de que apesar de todo o encanto e a beleza, existe sujeira e erotismo naqueles personagens. Uma princesa que se masturba, um antagonista que vive sob tensão e estresse mas que demonstra suas fraquezas, ou até mesmo um dedo arrancado em determinado momento que nos remete a um Guillermo das antigas, um diretor que ama o “sincerão”.
Del Toro não acerta apenas no visual e traz um enredo que por mais simples que seja, é lindo e admirável. Cada personagem tem um papel crucial na história, além de que cada um recebe seu núcleo na medida certa, o desenvolvimento individual é incontestável e é com ele que a história se encaixa de forma tão perfeita. Como a de Zelda (Octavia Spencer), a amiga tagarela da muda zeladora, onde a única coisa que sabe fazer, além de trabalhar, é reclamar de seu marido; ou Giles (Richard Jenkins) o vizinho que tem uma relação paternal com Elisa e que não aceita várias questões pessoais, além de ser um aficionado em cinema; o cientista Robert Hoffsteller (Michael Stuhlbarg) que vive na zona conflituosa entre ciência e política; nossa amada protagonista Elisa (Sally Hawkings); e por último nosso “amado” Richard Strickland, e que seria bastante justo colocar que Michael Shannon foi o melhor vilão desse ano.
Bom, “A Forma da Água” é definitivamente um dos meus filmes favoritos deste ano, temos uma porrada de homenagens ao cinema na sua época de ouro, além da referência nítida (se não uma releitura/continuação) ao “O Monstro da Lagoa Negra”.
Nota: 10/10