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por Amanda Leite

A Lei da Noite (Live By Night), dirigido por Ben Affleck (“Argo”, “Medo da Verdade”) é um filme histórico estadunidense de ação e policial, lançado no ano de 2017. Filme adaptado do livro “Os Filhos da Noite” do escritor Dennis Lehane.

Na década de 1920, ainda com os resquícios da primeira guerra mundial, Joe Coughlin (Ben Affleck, “Garota Exemplar” e “Batman VS. Superman”) um ex soldado do exército americano resolve entrar para o mundo do crime, realizando assaltos a mão armada. Sua vida começa a mudar quando Joe se envolve com Emma Gould (Sienna Miller, “G.I. Joe : A Origem de Cobra” e “Stardust – O Mistério da Estrela”), amante de um dos maiores gângsteres de Boston.

O longa também conta com os atores: Zoe Saldana como Graciella Suares (“ Guardiões da Galáxia” e “Avatar”), Elle Fanning (“Malévola” e “Meu Nome é Ray”), Chris Messina (“Julie & Julia” e “Argo”), Chris Cooper (“Beleza Americana” e Syriana – A Indústria do Petróleo”); entre outros.

A Lei da Noite é uma história narrada em meio aos Estados Unidos pós-primeira guerra e com uma Lei Seca ativa, uma pegada bem noir (agradecer a edição, caracterização e trilha sonora) existindo até referências ao grandioso “O Poderoso Chefão”. O filme é cheio de clichês, clichês por todos os lados (não que seja algo ruim) mas as coisas começam a se tornar bastante previsíveis, com poucos momentos onde se existe uma ansiedade ou um entusiasmo demasiado em relação a história. Tudo vai se tornando apenas algo bem narrativo, como se estivéssemos apenas escutando a história de alguém sem muita emoção.

A sensação que o filme vai transferindo ao passar suas 2 horas é que estamos vendo vários  capítulos de um seriado (É um ex soldado corta, que se torna gangster corta, que enfrenta a KKK corta, que enfrenta uma pregadora corta.), tudo isso mostrando as dificuldades de uma adaptação. E com todas essas dificuldades, Ben resolve que quer fazer tudo no filme: dirigir, produzir e atuar. Isso com certeza se mostram em cena, já que em algum ele não iria se destacar ou não ir tão bem, e aí vem sua atuação.

A atuação de Ben Affleck deixa a desejar, como gangster, esperamos Marlon Brando em O Poderoso Chefão, onde em certos momentos precisa-se da malícia nas negociações e uma forma mais intimidadora, mas não é bem isso que recebemos. Recebemos um Ben Affleck bastante passivo. Não é ruim sua interpretação, ela é sólida e ele se mostra o mesmo em todos os momentos, e esse é o erro. A maior parte do filme o ator está junto a Chris Messina, com cenas boas e com algumas um tanto quanto forçadas, mas de forma geral a química ficando equilibrada entre os dois.

O elenco de forma geral foi muito bem, mas o destaque vai para: Zoe Saldana como chefe de um grupo cubano (exalando sensualidade além de superioridade), Elle Fanning (uma das promessas de Hollywood) como a filha do xerife Irving Figgis interpretado por Chris Cooper (os dois trazem alguns dos poucos momentos de tensão e ansiedade do filme) e também Matthew Maher que interpreta um dos membros da KKK (trazendo uma interpretação peculiar).

O filme não é ruim, toda a caracterização, fotografia, trilha sonora e edição trazem uma sensação boa, é bom de assistir, as cenas são bonitas, ou seja, sentar-se um dia a tarde e não saber o que assistir (porém você quer comer pipoca) vale a pena dar uma chance.

Obs. Ben, vamos começar a ter foco.

Nota: 6.5/10

 

 

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