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por Lucas Moll

No interior dos EUA, numa cidadezinha que sucumbiu à ganância de uma empresa petrolífera, um acidente durante uma perfuração libera criaturas misteriosas do subterrâneo.  Uma dessas criaturas foge para o ferro-velho onde trabalha Tripp (Lucas Till), um adolescente desgostoso que possui uma série de elementos em sua vida que merecem ser listados:

  1. Tem um riquinho rival que tira onda com a Picape tunadona e a namorada que aparece mais como um enfeite do carro;
  2. , Sonha em ter um carro e poder impressionar as gatinhas do seu colégio, mas a família só pode bancar a bicicleta;
  3. Trabalha em um emprego aparentemente chato, mas tem um chefe legal;
  4. Uma família desajustada;
  5. “Entra em altas confusões que até deus dúvida;”

É claro que já vimos isso antes, afinal, a grande maioria do cinema é construído em arquétipos e jornadas pré-determinadas e essa lista já foi consagrada em vários outro clássicos como “Karatê Kid” e de ”De Volta para o Futuro”. O ‘x’  da questão é como a roupagem da fórmula é apresentada.

Tripp é um garoto completamente sem carisma, que não liga pra ninguém, nem mesmo para os amigos que parecem fazer tudo por ele apenas por parecer te saído de um clipe do One Direction. Boa parte do adultos que o cercam são pessoas desprezíveis e sem perspectiva (a começar pelos pais e padrasto), apenas Mr. Weathers (Danny Glover) o chefe e único adulto que poderia dar um rumo ao jovem protagonista acaba sendo explorado apenas como um mero ajudante e não um mentor.
E isso se repete durante o filme, a fórmula escolhida parece ser deixada de lado, mantendo todas as relações superficiais demais, como um episódio aleatório de um seriado da Nickelodeon, produtora do filme.

Boa parte das atuações seguem a mesma linha de seriados do canal, com o destaque positivo a para Jane Levy, que interpreta Meredith, que parece aceitar a proposta e tirar proveito dela, em momentos que lembra atuações de Reese Witherspoon nos anos 90.

A direção de Chris Wedge ( de Era do Gelo, 2002 e Robôs, 2005) é muito boa nos aspectos técnicos e empolga nas sequências de perseguição e no clima de suspense, usando elementos de horror e enquadramentos subjetivos para criar a tensão antes de revelar a criatura. O momento do encontro entre Tripp e a Criatura lembra encontros memorável, com o de Lilo e Stitch e Soluço e Banguela (Como treinar o seu Dragão). O problema fica por conta da direção de atores, que realmente deve ser difícil depois de trabalhar com animações tão memoráveis.
Os efeitos especiais e design da criatura são excelente e realmente convencem os espectadores da fantasia.

Por fim, é divertido mas sem empatia. É preciso parar de subestimar as crianças e achar que somente com imagens e ação somente bastam, é preciso carisma e personagens que realmente sejam queridos.
Nota: 4/10

 

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