Review: Corpo e Alma (2017)
por Johnny Quando, Mária (Alexandra Borbély), uma inspetora nova entra no abatedouro, Endre (Géza Morcsányi) percebe que ela não é uma moça comum quando percebem que algo entre eles está […]
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por Johnny Quando, Mária (Alexandra Borbély), uma inspetora nova entra no abatedouro, Endre (Géza Morcsányi) percebe que ela não é uma moça comum quando percebem que algo entre eles está […]
por Johnny
Quando, Mária (Alexandra Borbély), uma inspetora nova entra no abatedouro, Endre (Géza Morcsányi) percebe que ela não é uma moça comum quando percebem que algo entre eles está conectado. Dirigido por Ildikó Enyedi, com a participação de Réka Tenki e Ervin Nagy.
Assim como Casey Affleck ano passado com Manchester by the Sea, a personagem de Alexandra Borbély se destaca pela superficial apatia e não mostra muito explicitamente os sentimentos. Mas assim como o ganhador do Oscar, Alexandra Borbély se destaca nos detalhes da performance onde mostra muita maestria em interpretar a personagem. Géza Morcsány faz um bom serviço mas é facilmente jogado de lado por Borbély e sua ótima interpretação. Dentre os demais personagens com algum arco, nenhum acaba se destacando tanto quanto os protagonistas.
Corpo e Alma é um filme lento mas são apenas poucos momentos em que parece que o filme se extende um pouco mais do que deve. Sua história é bem desenvolvida, os arcos dos personagens são bem construídos e fazem sentido. O que talvez fuja um pouco disso é a premissa da Mária que não parece a princípio ser um ser humano funcional sem nenhuma explicação durante o filme do porquê ela ser assim mas ao desenrolar do filme seu arco é extremamente bem feito dado uma premissa estranha. Os personagens principais são bastante envolventes e o espectador entra na tristeza e profundidade de cada um. É um filme que a princípio parece bem simples mas quanto mais vai se pensando sobre ele, mais vai ficando aparente a complexidade da trama.
Apenas duas coisas incomodam no filme: o arco dos personagens secundários e algumas cenas desnecessárias. No que tange aos personagens secundários, apenas dois importam pra trama em um certo momento, Sanyi (interpretado por Ervin Nagy) e Jenö (interpretador por Zoltán Scheiner). Um deles resolve de maneira extremamente abrupta e sem sentido nenhum, de forma que não contribui em nada pra trama principal e o outro é simplesmente jogado de lado por nenhum motivo. A sensação é que em algum momento, o personagem de Nagy seria mais importante mas acabou sendo retirado do corte final. No que tange as cenas desnecessárias, como dito antes o filme é um pouco lento e algumas transições são acabando demorando demais e sendo um pouco explícitas demais. O fato de ser um abatedouro tem pouco peso com a trama principal e muitas das cenas de transições acabam sendo gráficas demais desnecessariamente.
Não seria surpresa de Corpo e Alma fosse indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Não é um filme que vai levaria muitas pessoas do cinema antes de ser nomeado e infelizmente até lá já deve ter saído de cartaz. Se você tem um gosto parecido com o da Academia, aproveite enquanto é tempo.
Nota: 8,5/10