Por Fernando Booyou

Tiro, facada, pancadaria, explosões e morte. Mas muita morte mesmo. John Wick 3 – Parabellum é a volta do ex-aposentado John, agora mais Wick do que nunca.

Um assassino que mata mais que câncer, AVC e acidente de trânsito juntos. E que tinha conseguido abandonar a organização criminosa da qual fazia parte para finalmente ter uma vida normal e pacata. Porém, após a morte de sua amada “conge”, acaba arrastado novamente para este mundo, sendo forçado a matar dezenas de pessoas por vingança porque, por pura obra do destino, mataram justo seu cachorro e roubaram seu carro. E isso é só o enredo dos 2 primeiros filmes.

Neste terceiro filme da série, que começa do exato ponto em que termina o segundo (podemos dizer que o protagonista está tendo um mês difícil), John enfrenta as consequências de suas ações no capítulo anterior. Agora, depois de ter quebrado as regras que tornam essa sociedade criminosa organizada, ele se torna alvo de absolutamente TODOS OS ASSASSINOS DO PLANETA! E quem já assistiu, sabe: sua fama é internacional. “Ele matou os 3 caras com a porra de um lápis! Quem faz uma coisa dessas”? Pelo visto, Wick faz.

Parece exagerado. E de fato é para ser. O diretor Chad Stahelski (diretor da trilogia) se mantém fiel em tornar palpável todos os excessos e a brutalidade desmedida. As cenas de ação continuam coreografadas da forma mais real possível, com Keanu Reeves dispensando sempre que possível o uso de dublês, seja enchendo os outros de bala ou levando bastante porrada (aqui, sem essa de protagonista que não apanha). Mas em alguns momentos fica aparente o cansaço do ator. Mais um pouco e seria na velocidade Steven Seagal de luta. Mas fácil de relevar quando se considera que Wick está entrando em combates constantes, sem pausas para tirar uma pestana pós almoço.

Os confrontos são orquestrados em um crescente, envolvendo luta corpo-a-corpo, com facas, com armas, armas mais pesadas, armas e cavalos, armas e cachorros, armas e veículos, “armas… muitas armas”. Frase solta por Keanu que faz referência direta ao seu outro personagem Neo, do filme Matrix, que este ano completa 20 anos. Por sinal, está cheio de “easter eggs” (referências escondidas) nos filmes. Nada que uma maratona não ajude a encontrar.

O nome Parabellum (do latim “Si vis pacem, para bellum”, “se quer paz, prepare-se para a guerra”) já é um prenúncio do que está por vir. E para engrossar este “angu de sangue”, o filme ainda conta com a volta de personagens como o Gerente Winston (Ian McShane), o Rei (Lawrence Fishbourne) e novos personagens como “FanWickZero (Mark Dacascos) e a “Joana Wicka” da vez (todo filme tem alguém John Wick reverso), Sofia (Halle Berry) que, em vez de um, tem dois cachorros. Bem mais Wick que muitos que se dizem Wick por aí.

Nota: 8.5/10

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