Review: Cemitério Maldito (2019)
por Ed Jr. Cemitério Maldito (Pet Sematary), dirigido pela dupla Kevin Kölsch e Dennis Widmyer (do terror cult “Starry Eyes”, de 2014), é o remake do clássico homônimo de 1989 […]
Filmes, seriados e mais!
por Ed Jr. Cemitério Maldito (Pet Sematary), dirigido pela dupla Kevin Kölsch e Dennis Widmyer (do terror cult “Starry Eyes”, de 2014), é o remake do clássico homônimo de 1989 […]
por Ed Jr.
Cemitério Maldito (Pet Sematary), dirigido pela dupla Kevin Kölsch e Dennis Widmyer (do terror cult “Starry Eyes”, de 2014), é o remake do clássico homônimo de 1989 baseado no livro de Stephen King.
Na trama, o Dr. Louis Creed (Jason Clarke, “Evereste”, “A Hora Mais Escura”) e sua família se mudam de Boston para uma nova casa no interior do Maine, localizada nos arredores de um antigo cemitério usado para enterrar animais de estimação. Ao descobrir que o local já fora um cemitério indígena amaldiçoado, Louis pede ajuda ao seu estranho vizinho Jud Crandall (John Lithgow, série “The Crown”, “Interestelar”) após uma tragédia recair sobre a família. A partir daí, coisas estranhas começam a acontecer e a vida dos moradores se torna um pesadelo.
O elenco traz também: Amy Seimetz (“Alien: Covenant”), Jeté Laurence (“Boneco de Neve”), Obssa Ahmed, os gêmeos Hugo e Lucas Lavoie, Alyssa Brooke Levine, entre outros.
Adaptar as obras impactantes, densas e complexas de Stephen King não é tarefa fácil. Se somarmos a isso o risco que é produzir o remake de um filme que se tornou um sucesso, temos a receita para um desastre… Por sorte, Cemitério Maldito se afasta prudentemente do original e não se preocupa em copiar exatamente cada pedaço do livro.
Ao contrário da produção de 89, um tom mais psicológico (recheado de jumpscares) é adotado pelos diretores Kölsch e Widmyer nesse remake, resultando, infelizmente, numa narrativa bastante arrastada no início do filme até a correria frenética do terceiro ato (que conta com um final inédito pra lá de interessante). Algo que incomoda muito no roteiro é a preocupação com o trivial, deixando lacunas no background de alguns acontecimentos importantes que poderiam ser melhor explorados.
Outra diferença (essa bem positiva!) é a troca de um elemento-chave. Enquanto no original temos a morte do irmão mais novo como ponto central, nesse novo filme quem ‘renasce das trevas’ é a filha mais velha Ellie. A mudança funciona muito bem e nos apresenta uma boa surpresa que é Jeté Laurence. A atriz de apenas 11 anos rouba a cena e sua atuação é realmente assustadora – merece todo o destaque!
O restante do elenco também funciona satisfatoriamente. Jason Clarke transmite bem as transformações vividas por seu personagem, desde o ceticismo inicial à quase insanidade com a tragédia familiar; e Amy Seimetz demonstra todas as emoções, desespero e culpa de uma mulher atormentada pelas mortes da filha e da irmã.
Em suma, Cemitério Maldito oscila entre bons e maus momentos e não chega aos pés do clássico de 89 ou da qualidade de It: A Coisa (outro recente remake adaptado de uma obra de King), mas até que pode vir a ser um entretenimento razoável se você quiser ir ao cinema após já ter assistido aos principais filmes em cartaz.
Nota: 6,5/10