por Ed Jr.

Abigail e a Cidade Proibida (Abigail), uma coprodução entre Rússia e Estados Unidos, é um filme de aventura naquele estilo fantasia pós-apocalíptica steampunk, dirigido por Aleksandr Boguslavskiy (“Mentes em Jogo”).

Uma cidade teve suas fronteiras fechadas após uma epidemia tomar conta de grande parte do local. Lá, vive uma jovem chamada Abigail Foster (Tinatin Dalakishvili), que, ainda criança, teve seu pai levado de onde moravam por ter sido afetado por essa tal doença misteriosa. Mais velha, Abigail decide quebrar as regras e passar por cima das autoridades da região para ir à procura de seu pai. Nessa jornada, ela descobre que ela e a cidade têm poderes mágicos.

O elenco conta ainda com Eddie Marsan (Jonathan, pai de Abigail), Gleb Bochkov (Bale), Ravshana Kurkova (Stella), Rinal Mukhametov (Norman), Kseniya Kutepova (Margaret, mãe de Abigail), entre outros.

Num primeiro momento, a premissa ‘adolescentes contra um tipo de poder opressor’, apesar de soar um tanto clichê, parece atual e interessante. A ideia de perseguição a determinado grupo, discussão sobre autoritarismo e preconceito também rapidamente vêm à mente, entretanto, Abigail e a Cidade Proibida é tão preguiçoso que o interesse na trama dura uns 10 minutos, no máximo.

O roteiro é pobre e mal construído, com uma grande mistura de vários elementos já utilizados em outros filmes que claramente serviram de influência (“Jogos Vorazes”, “A Bússola de Ouro” e “Harry Potter”). O diretor Aleksandr Boguslavskiy erra feio a mão, se prendendo na trama principal extremamente arrastada – alguns flashbacks de Abigail com o pai são razoáveis e bem encaixados – e correndo com todo o resto, impedindo o espectador de sentir qualquer emoção (exceto tédio!!!) com o que vê na tela. O filme termina e não cita uma vez sequer o nome da cidade e nem explica exatamente o que são os poderes mágicos dos ‘infectados’…

A falta de profundidade afeta diretamente os personagens, que, em sua maioria, são inacabados e sem função. Não existe química, carisma, empatia… Talvez um elenco mais competente conseguisse transmitir alguma sensação, mas é realmente difícil avaliar as atuações quando todo o resto é tão ruim. Várias cenas causam pura vergonha alheia, e não é aquela vergonha alheia divertida!

O único ponto positivo fica por conta da parte visual do filme. De maneira geral, os efeitos especiais funcionam, os figurinos são corretos e os cenários são bonitos. Pena que isso é o mínimo que se espera de uma produção do gênero.

Completamente sem identidade, Abigail e a Cidade Proibida se resume a uma tentativa de unir retalhos de outros filmes em uma produção genérica, entediante e vazia. É até complicado expressar o quão ruim é… Passe longe!

Nota: 2/10

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