por Ed Jr.

Predadores Assassinos (Crawl), filme de terror com ação estilo catástrofe, dirigido pelo francês Alexandre Aja (“Alta Tensão”, “Viagem Maldita”), chega aos cinemas brasileiros com um ‘pequeno’ atraso – pra variar – de aproximadamente dois meses em relação ao mercado estadunidense.

Quando a Flórida é vítima de um imenso furacão, os tsunamis levam todos os habitantes a evacuarem o local. Mesmo assim, a jovem Haley (Kaya Scodelario, “Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal”) se recusa a sair de casa enquanto não conseguir resgatar seu pai Dave (Barry Pepper, “À Espera de um Milagre”), gravemente ferido. Aos poucos, o nível da água começa a subir, Haley também se fere e tanto ela quanto o pai precisam enfrentar inimigos inesperados: gigantescos crocodilos que chegam com as águas.

O curto elenco conta ainda com Morfydd Clark (Beth), Ross Anderson (Wayne), Jose Palma (Pete), entre outros.

Com uma sinopse dessa, baixo orçamento e elenco pequeno, a primeira impressão que temos de Predadores Assassinos é: ‘filme B e trash que tem tudo pra dar errado’. Surpreendentemente – e felizmente! –, a primeira impressão não condiz com o resultado final.

O básico roteiro é completamente focado na sobrevivência dos protagonistas em uma quase casa assombrada (mas sem os elementos sobrenaturais e sim crocodilos gigantes). Como a produção se passa praticamente toda em espaços pequenos e a intenção do filme é fazer o espectador pular na cadeira o tempo inteiro, o excelente diretor Alejandro Aja usa e abusa dos jumpscares, mas consegue criar uma ótima atmosfera de tensão e claustrofobia no porão inundado, com dois dos predadores, Haley e o pai ferido.

Por falar nos protagonistas, vale ressaltar o bom trabalho da competente dupla Kaya Scodelario e Barry Pepper. Como dito, o roteiro não foca muito nas questões e dramas familiares, de modo que os diálogos são escassos e recheados de frases de efeito. Ainda assim, Scodelario vai muito bem e entrega uma jovem desesperada que, no meio de toda essa situação, consegue se manter forte, pronta para tomar qualquer decisão e atitude para salvar seu pai e a si mesma. Pepper, por sua vez, cumpre sua função de pai protetor, que transmite confiança e apoia a filha – com várias das tais frases de efeito!

Além das atuações, os efeitos também são satisfatórios, a destruição crescente causada pelas enchentes é bem construída e há uma mescla entre crocodilos reais e de computação gráfica que torna toda a experiência ainda mais real, aumentando gradativamente a tensão, tanto dos personagens quanto do espectador.

Predadores Assassinos tem seus momentos surreais e inacreditáveis,não é aquele filme que vai ficar marcado para sempre na história do cinema e talvez nem na memória do espectador, mas é mais um bom exemplo de que não é necessário um gigantesco orçamento para entregar um trabalho competente. Uma hora e meia de boa surpresa!

Nota: 7/10

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