por Bruno Azrael e Danilo Mariacchi

Mais uma parte stuff do nosso “Filmes e Tal” eu e Mariacchi fomos ao Rock in Rio e tivemos várias impressões dos shows. Vamos tentar acrescentar novos olhares sobre os shows com o de quem tava realmente nas trincheiras. Antes de falar dos shows, acho importante falar que o evento é gigantesco e era impossível comprar comida ou bebida lá. A menor fila para a comida era no Koni e pra tomar cerva meu irmão cortou fila na maior cara de pau. E não acompanhei a polêmica do Angra e não consegui ver o show do Sepultura (“/). Vamos ao que interessa!

Show do Glória foi um pataquada sem fim, o som é até legal mas aquele visual emo e as letrinhas bobas e melosas não deixam o som do Glória diferente de uma piada. Um cara cantando em bom e alto gutural “Mas não vivo sem você” não faz o mínimo sentido. Devo destacar que me irrita a banda se apoiar no talento do Eloy Casagrande  ao ponto de divulgar isso como trunfo da banda e não o som da banda ser o melhor deles. Enfim…
O Coheed and Cambria não vi então não posso falar, tava na fila pra comer ¬¬.

Agora começam os agitos de fato! No show do Motorhead, eu me perdi da minha galera e de roda em roda de pogo e de empurra – empurra, acabei ficando a 10 metros do palco. E vi tudo muito de perto e confesso: Motorhead é foda! Pai do Thrash metal sem dúvida!!! Foi insano, o show ótimo, energético e divertidíssimo! Lemmy é lenda não é à toa! Fora o caminhão de hits e é um puta show sem dúvida.

Slipknot foi a surpresa da noite! Alucinado, enlouquecido e brutal. Foi um show teatral, os músicos ficam possuídos com aquelas máscaras e não tem como ficar parado nenhum segundo. Diferente do show do Stone Sour (que foi ótimo) o show do Slipknot é muito mais produzido e requintado. O repertório privilegiou as músicas do primeiro disco e o que levou os fãs a loucura. Outro ponto foi de terem colocado um baixista contratado no backstage, que foi uma prova de respeito ao finado Paul Gray e não inventaram um personagem novo ou alguém vestiu a mascara de porco. Gosto de coerência. Vocês, caros leitores, precisam assistir um show do Slipknot no meio da galera tomando porrada e sentindo a vibe de ser um Maggot!

Metallica! Confesso que sou extremamente fã da banda e foi um show de uma vida, de quem cresceu ouvindo Metallica e aprendeu a tocar com as músicas deles e um sonho se realiza vendo um show desses caras. Não vi um ponto negativo no show do Metallica, literalmente. Até nos erros ou “catadas”, o vocalista James Hetfield tirava uma piada do bolso. Em resumo, ir a um show do Metallica é ver uma banda que se acostumou com o nível de excelência alto e que leva um show que beira a perfeição para os fãs. E destaco eles terem tocado “Orion” que é raramente executada nos shows.

Enfim, pelo menos pra mim o Rock in Rio foi uma ótima experiência e valeu a pena cada centavo, não fui assaltado e nem passei por alguma situação ruim durante os shows.

Era isso.
Gloria: 4/10;
Coheed and Cambria: N/A
Motorhead: 10/10
Slipknot: 10/10
Metallica: 10/10

Pessoal, agora é a minha vez (Danilo Mariacchi) de mostrar a minha versão dos fatos. Primeiramente, a pindaíba quase me fez desistir de ir ao show e sorte que tive bastante dificuldade em vender o ingresso. Não estava ansioso para o evento e nem mesmo para ver o Metallica. Quase uma heresia falar isso aqui.

Dia do show. Uma aventura para chegar até o local do evento. Eu, meu amigo Cid e seu amigo Renan, pegamos um ônibus até a Barra, depois pegamos carona com um amigo deles, passando até dentro de uma pequena favela para chegar mais perto da fila. Meia hora depois de chegar ali, estavamos dentro do Rock in Rio. E chega a ansiedade.

Depois de dar uma passeada e tomar uma Heineken, decidimos checar o que estava rolando no palco Sunset. Os shows lá estavam divertidos, com o Punk All Stars, Korzus e outras bandas. A energia estava lá, mas a qualidade do som estava sofrível, tanto que quando encontrei meus amigos de outros festivais, preferimos ficar ouvindo a música de longe do que ficar lá massacrando nossos ouvidos.Vamos mudar de palco.

Chegando ao Mundo, nos deparamos com o Glória. Bandinha pesada, mas com o visual emo e falta de solos. Ou seja, descartável e datada. Todos os integrantes entraram com a camisa de uma patrocinadora do UFC, querendo passar uma imagem de fortes, mas seus cortes de cabelo não enganam ninguém. As únicas horas que eles conseguiram encantar o público, foram quando tocaram 2 músicas do Pantera e com o solo de bateria de seu ótimo baterista. O resto, eu apaguei da memória. Nota 4/10 pra eles.

A próxima banda a entrar foi o Coheed and Cambria, que tem uma história interessante (todos seus discos fazem parte de uma grande história criada pelo seu vocalista e guitarrista, Claudio Sanchez) e mesmo não conhecendo bem as músicas, gostaria de ver como era sua performance ao vivo. A galera vaiou menos e curtiu mais essa banda, ainda mais quando tocaram The Trooper, do Iron Maiden. Não prestei muita atenção no final do show, pois estava perseguindo uma meliante que tentou roubar meu celular. Nota 7/10 pro C&C.

We are Motorhead! Lemmy e pessoal entraram no palco com um pouco de atraso. Eu já tinha visto o show do Motorhead em duas outras ocasiões (sendo uma delas em Abril deste ano), e mesmo num festival aberto, o show deles ainda é o mais alto que eu já vi! O setlist foi quase igual ao show em Brasilia, cheio de clássicos e porradas. A grande surpresa foi na última música, Overkill, que contou com a presença do ilustre Andreas Kisser. Nota 9/10.

Agora é a vez de Slipknot. Como eu já tinha visto Metallica e Motorhead antes, essa banda era uma das que eu precisava ver ao vivo antes de morrer. Mesmo não sendo tão fã da banda como sou com o Metallica, me diverti bastante e decidi perder minha voz nesse show. O show foi épico, deixando TODOS no Rock in Rio em puro extase e sem entender que locomotiva era aquela. O momento mais alto do show foi em Spit it Out, quando o ótimo frontman Corey Taylor, mandou seus maggots ajoelharem e pularem de uma só vez. Muitos falam que Slipknot é banda de new metal e tal, mas mesmo esses pseudo-metaleiros se renderam ao peso inegável de Slipknot. Nota 10/10.

Agora é a banda mais foda do mundo. Sim, Metallica é praticamente minha religião e estou ansioso para ver como Lulu vai ser. Depois de pouco atraso, chega a hora de escutar a Ecstasy of Gold pela 5º vez em 8 anos. A galera canta a introdução em uníssono, fazendo arrepiar até quem não conhece a banda. O Metallica misturou músicas de todos os seus 30 anos de história, com muita pirotecnia e carisma de toda banda, mas principalmente seu frontman, James Hetfield. O ponto alto da apresentação foi a música Orion, de 1986 que foi tocada pela primeira vez apenas em 2006. Juro que se eu chorasse fácil, teria derramado uma lágrima ou duas ali mesmo. Nota 10/10.

E é isso pessoal, estou feliz de ter feito parte do Rock in Rio e de passar esse momento com meus amigos. Long live rock´n roll!

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