Review: Evereste (2015)
por Ed Jr. Evereste, dirigido pelo islandês Baltasar Kormákur (“Dose Dupla”), é uma adaptação para as telonas dos livros “No Ar Rarefeito”*, de Jon Krakauer, e “Deixado Para Morrer”, de […]
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por Ed Jr. Evereste, dirigido pelo islandês Baltasar Kormákur (“Dose Dupla”), é uma adaptação para as telonas dos livros “No Ar Rarefeito”*, de Jon Krakauer, e “Deixado Para Morrer”, de […]
por Ed Jr.
Evereste, dirigido pelo islandês Baltasar Kormákur (“Dose Dupla”), é uma adaptação para as telonas dos livros “No Ar Rarefeito”*, de Jon Krakauer, e “Deixado Para Morrer”, de Beck Weathers, que contam a experiência dos alpinistas para chegar ao topo do Monte Everest.
Em 1996, as expedições lideradas pelo racional Rob Hall (Jason Clarke) e pelo aventureiro Scott Fischer (Jake Gyllenhaal) se unem para conquistar o temido Everest. No grupo de alpinistas estão Jon (Michael Kelly), designado pela Outside Magazine para escrever uma matéria sobre a escalada, Beck (Josh Brolin), um patologista movido pela necessidade de conquistas, além de outros alpinistas experientes (alguns deles interpretados por John Hawkes e Naoko Mori).
No dia 10 de maio, após um período de adaptação e treinos para a tão sonhada aventura, eles iniciam a investida final ao topo da montanha, mas uma inesperada tempestade atinge o local, trazendo consigo uma das maiores e ferozes nevascas vividas pelo homem. Com a esposa Jan (Keira Knightley) grávida e prestes a dar à luz, Rob se vê numa batalha entre a vida e a morte, ultrapassando todos os limites possíveis para proteger seu grupo e se manter vivo.
O grande elenco de Evereste conta ainda com Sam Worthington, Elizabeth Debicki, Emily Watson e Robin Wright.
Como já se espera de um filme do gênero, a luta contra os obstáculos da montanha ocupa boa parte do enredo. Entretanto, por dirigir um filme “realista”, Kormákur tenta mostrar os motivos por trás da escalada, a razão pela qual os alpinistas se arriscaram (e se arriscam!) para conquistar a montanha, explicando a aventura suicida.
O problema na louvável tentativa do diretor é o excesso de personagens. Tem muita gente com muita história e muitos objetivos, mas pouco tempo para todo mundo! Ou seja, o espectador não consegue diferenciar as motivações de cada uma daquelas pessoas. (Inclusive, em determinados momentos, fica literalmente impossível diferenciar quem é quem naquelas roupas de frio no meio da neve!). Ainda assim, o excelente elenco consegue transmitir a angústia, o medo e a tristeza.
Além do elenco, outros pontos positivos de Evereste são os cenários (o filme foi rodado no Nepal e nos Alpes italianos) e os excelentes efeitos especiais. O 3D, apesar de não “arremessar” nada para fora da tela, foi bem utilizado, em especial nas cenas com maior profundidade, levando o público à montanha junto com os alpinistas.
Em suma, vá ao cinema porque valerá a pena! Evereste é uma ótima experiência, com ação e tensão na medida certa.
Ahhh, e é bem melhor do que Limite Vertical!!! 😉
Nota: 7,5/10
Curiosidade: o papel de Rob Hall (interpretado por Jason Clarke) foi originalmente designado para Christian excelente/eterno Batman/top Bale e o enredo de Evereste seria totalmente centralizado nele, mas a recusa de Bale (que optou por protagonizar Êxodo: Deuses e Reis, review aqui) obrigou Kormákur a dividir as atenções no grupo de alpinistas.
*o livro de Krakauer já foi tema de uma primeira adaptação chamada “No Ar Rarefeito – Morte no Everest”, dirigida por Robert Markowitz e lançada diretamente na TV em 1997, um ano após os eventos narrados no livro.