Vozes das Tesourinhas – DJ’s Lastcode; Sollen; Fresh Start
Nota da autora: O intuito do projeto é vocês conhecerem os nossos artistas locais, ou seja, não tô fazendo texto pra vender nada. Por conta disso, É GRANDE MESMO e […]
Filmes, seriados e mais!
Nota da autora: O intuito do projeto é vocês conhecerem os nossos artistas locais, ou seja, não tô fazendo texto pra vender nada. Por conta disso, É GRANDE MESMO e […]
Nota da autora: O intuito do projeto é vocês conhecerem os nossos artistas locais, ou seja, não tô fazendo texto pra vender nada. Por conta disso, É GRANDE MESMO e se reclamar o próximo vem com 30 páginas. Mamãe ama vocês ❤️
Quando falamos de música candanga a associação é direta as bandas e aos cantores de MPB que aqui passaram e passam. Mas temos, no mundo “noturno” de desse avião, artistas dos mais variados gêneros. Bom, o próximo “Vozes das Tesourinhas” traz quem está aparecendo e crescendo nas chamadas baladas, quem está botando para ferver as pistas de dança, balançando nossos esqueletos[1] (ou melhor dizendo, três desses que estão vindo e não é pra brincadeira), o Filmes & Tal apresenta a vocês: DJ Lastcode, Dj Sollen e Dj Fresh Start.
Luis Gustavo Lucena, também conhecido como Lastcode, tem 22 anos, é produtor e agente. Além do meio musical rabalha no estabelecimento Gajah Lounge e Tabacaria.
Seu estilo musical é, nas palavras deles: “De maneira resumida é trap[2]“.
Sua influências musicais são: Jack U, Dimitri Vegas e Like Mike. Mas como veio do hip-hop também conta com uma grende influência do Eminem.
Tem como sua maior inspiração sua mãe.
“Não é ninguém do meio da música pra ser sincero, é minha mãe. Eu tive músicos os quais que eu me inspirei, vislumbrei aquelas vidas utópicas que eles tiveram. Mas acima de tudo foi minha mãe pelo tanto que ela batalhou para ser o que ela é hoje. Ela teve os problemas que eu tive em relação a trabalho, saúde e tal mas continuou forte.”
Felipe Fredo, também conhecido como Sollen, tem 21 anos, e estuda produção musical.
Seu estilo musical é (o que ele toca bastante) é o Bass House[3].
Sua influências musicais são: Diplo e Jauz. Porém o rap é um estilo que o influencia muito também.
Tem como sua maior inspiração o Diplo.
“Minha maior inspiração é o Diplo, apesar do estilo que eu toco não ser nada a ver com o estilo que ele toca, eu vejo nele um produtor que eu me inspiro para ser no futuro. Eu sempre vi o profissionalismo dele, o estilo de vida dele, o jeito que ele leva a vida a forma que ele se porta. Eu me inspiro para ser “isso” no futuro.“
Mario Junior, também conhecido por Fresh Start, tem 23 anos, além da música também trabalha no estabelecimento Gajah Lounge e Tabacaria.
Seus estilo musicais em geral são o Big Room[4] e o EDM[5].
Suas influência musical é o Afrojack.
Tem como suas inspirações os DJ’s: Martin Garrix e Hardwel.
“ Eu tenho duas pessoas que me inspiraram que são: Martin Garrix e Hardwell. Hardwell sempre foi minha paixão e o Marin Garrix, velho, eu fui na Federal de 2014 e ele tinha 16 anos, eu tava num lounge e ele tava tomando uma Heineken, a gente começou a gritar, ele veio e tirou uma selfie com a gente.”
Bom, não temos como falar deles e não falar o quão amigos são, e até mesmo que existe uma espécie de “mestre e discípulos”, não hierarquicamente falando, mas sim no sentido de inicialização e primeiros passos. Cada um com suas motivações e anseios os três sabem o que estão fazendo, estudiosos e se ajudando, suas apresentações são sempre muito bem recebidas pelo público.
Lastcode relata toda sua experiência e antiguidade em relação a música eletrônica, apesar dos seus 22 anos, ele já “faz som” desde seus 11:
Como você aprendeu a tocar? Como foi que surgiu a ideia de começar a carreira musical?
” Com uns 8/9 anos fiquei muito próximo da música de maneira geral, escutava música para passar o tempo e para resolver problemas meus. Por volta de 10 anos eu tive influencia muito grande do HIP-HOP. No mesmo período um primo não muito próximo tinha voltado da Europa e tinha me mostrado a música eletrônica pela primeira vez , perguntei a ele “Como fazia? O que fazia? ” e ele apresentou o que é chamado de DJ. Eu me interessei e comecei a escutar a música eletrônica e aos 11 eu fiz um curso de mixagem, me formei aos 11 anos”
E por que “mestre e discípulos”? Ao fazer a mesma pergunta anterior ao Sollen e Fresh Start existe um ponto de intersecção chamado de Lastcode. Como assim, Amanda? Bom, os meninos tiveram uma grande influência do seu amigo prodígio ao cogitarem e começarem no meio da música eletrônica. Relatam que ao começarem a observa-lo, o interesse de se envolver nesse mundo surgiu e ambos ao demonstrarem interesse o amigo não hesitou em ajuda-los. Mas apesar desse “empurrãozinho” eles não se acomodaram e foram atrás dos seus crescimentos.
“Então eu decidi me aprofundar mais, escutar/estudar mais músicas eletrônicas, outros estilos, e nesse tempo eu estava desinteressado com minha faculdade. Acabei vendo na música algo que me chamava muita atenção, e no meio do ano eu decidi largar a faculdade, ir para Curitiba para fazer um curso de produção musical e mixagem e também comecei a investir em aparelhagem para montar meu próprio estúdio. Então a ideia de eu começar a levar isso como uma carreira profissional foi do meio desse ano agora, mas eu já toco a um ano e meio atrás”
“ Daí comecei a me interessar, e nos finais de expediente eu pedia para mexer na mesa, e enquanto eu mexia ia perguntando e mostrando algumas coisas para ele, e ele foi me orientando como ir melhorando. Foi quando surgiu a ideia de começar a tocar”
Mas não que não existisse já um gosto pela música, todos os três demonstram uma fixação por ela desde novos, cada um se recorda de algo que o fez se apaixonar de fato. Lastcode nos conta que desde pequeno, segundo sua avó, ele já gostava de tocar coisas “aleatórias” da vida. Fresh Start e Sollen contam que existiu uma “intervenção” de terceiros, amigos que os mostraram certas músicas que “acenderam essa chamada” para esse mundo.
Como uma boa carreira, seguir o ramo musical não é fácil[6]. É exigido que você tenha tremenda força de vontade, traçar caminhos, estudos mesmo sabendo que muitas vezes não existe um apoio.
Você teve apoio em relação a essa sua escolha?
“Eu sempre tive apoio da minha avó e da minha mãe. O apoio da minha avó foi completo em todos os ambitos, mas o da minha mãe foi um apoio, durante esse tempo, financeiro, ela demorou acreditar que aquilo ali poderia dar em alguma coisa. As únicas coisas que me apoiaram nessa jornada, dentro da minhas família, foram elas.” (Lastcode)
“No começo não, tive nenhum apoio. Minha família nunca me apoiou, sempre viam “aquilo” como algo que seria momentâneo na minha vida, que ia passar. De um tempo pra cá eu conversando com o meu pai e com minha mãe (mais recentemente) fui mostrando como é o mercado, demonstrando que não é uma brincadeira. Até que meu pai investe muito em mim nessa área, ajuda bastante.” (Sollen)
” Familiares, meus pais não aceitam. Quando eu falo que vou tocar e receber cachê, mas quando falo que quero isso pro meu futuro e eles já ficam com o pé atrás.” (Fresh Start)
Quais são seus planos/expectativas?
” 2018 será um ano muito bom, eu estou em estúdio com uma galera muito legal, incluindo meu agente que é o Dropa Mina e um cantor que a gente ta apadrinhando que é o Hodari. Vai vim música, clipe. Virá muita coisa boa que engloba a arte da forma mais sincera que ela pode ser.” (Lastcode)
“Eu não quero colocar uma coisa por cima da outra, quero ir bem devagar. Sei que tudo tem seu tempo. Hoje em dia eu quero começar a produzir minhas próprias músicas que acredito ser o melhor meio para divulgar meu trabalho. Não quero divulgar agora para ficar tocando em festa, hoje em dia sou mais focado para a produção musical. Minha expectativa é a maior possível, se daqui um ano eu estiver em uma Tomorrowland eu quero estar.” (Sollen)
” Eu tinha plano de fazer o curso da AIMEC agora no meio do ano juntamente ao Fredo. Eu to cogitando ir para Boston ano que vem para fazer um curso” (Fresh Start)
O mais interessante de conhecer os meninos é ver suas diferenças apesar do contato direto que existe entre eles, cada um tem suas particularidades, vêm as coisas de formas diferentes e sentem de formas diferentes.
Como foi a sua primeira apresentação?
“Pânico, o resumo é: pânico. Eu nunca fui muito de lidar com muitas pessoas, sempre fui uma pessoa muito tímida. Várias pessoas prestando atenção no que eu estava fazendo era loucura.” (Lastcode)
“Minha primeira apresentação foi em uma festa (Toca do Coelho) na Espaço Secreto, eu tava muito nervoso. Eu fui headline, e como estava muito nervoso, acabei convidando o Lastcode para tocar comigo e fazendo um b2b[7]com ele. Acabou sendo muito legal, a galera respondeu muito bem, o público gostou pra caramba, quando eu acabei o set vieram pessoas me perguntar quem eu era. Foi muito legal, foi uma energia muito boa e acho que foi ali que eu percebi que queria fazer isso da minha vida”. (Sollen)
“Foi na Espaço Secreto, me colocaram para tocar como primeiro DJ. Eu não cheguei a ficar nervoso, os dj’s depois de mim eram low e eu toco um estilo muito diferente de low (muito mais animado), então isso me deixou um pouco preocupado, eu já vou chegar “chutando a porta” para depois entrar um DJ de low. Mas aí eu pensei “foda-se, vou tocar e ponto” (Fresh Start)
O que você pensa quando está tocando?[8]
“Me falaram nessa festa que toquei sábado agora, eu tava muito nervoso e quando eu to extremamente nervoso eu me fecho no meu mundo, não olho pra frente. A pista pode ser a Tomorrowland, milhões de pessoas na minha frente, eu não vou olhar pra frente. Tudo que eu penso é música, eu sinto a música e mais nada. Não é só uma questão de erros, é só porquê eu estou ali para fazer aquilo e aquilo me faz bem.” (Lastcode)
“Eu sinto muita felicidade, eu sinto muito tesão de estar ali. É muito gratificante para mim eu estar fazendo minha música,fazendo o que eu gosto e as outras pessoas estarem ouvindo e curtindo” (Sollen)
“Eu tava conversando com uma amiga minha e ela comentou “Quando você começa a tocar eu fico feliz, da vontade de levantar e curtir” e é isso que eu tento reproduzir. Quando eu toco eu sempre to com um sorriso no rosto porquê é algo que eu amo fazer, eu quero transmitir alegria” (Fresh Start)
Enfim, todos os três foram questionados o que tinham para falar sobre o atual cenário musical (tanto brasileiro/quanto internacional) e pode-se dizer que se as respostas foram unânimes em relação das dificuldades que é crescer nacionalmente e por um simples motivo: somos condicionados a escutar apenas um estilo, temos dificuldades e nos abrirmos para coisas novas e como quem está no topo é diferente do que todos os três tocam, eles sentem na pele todo os obstáculos. O que mais nos deixa curiosos é que internacionalmente falando, o trio coloca que o que está em alta não é a mesma coisa que temos por aqui além da amplitude do mercado, sendo assim, provavelmente o crescimento deles seria “muito mais rápido” em outros cantos do mundo.
Os brasileiros precisam passar por um processo educativo para saber o que estão escutando, precisam entender mais, serem expostos a aquilo que realmente estão ouvindo e acabam aceitando qualquer coisa.
No final todos querem que a música lhes traga felicidade, mesmo com toda as dificuldades.
O que você espera que a música te traga?
“ Em relação a música só que eu seja feliz. Eu faço isso para ser feliz, é a única coisa que sei fazer da minha vida.” (Lastcode)
“Que eu consiga viver do que eu mais gosto que é a música.” (Sollen)
“ Espero que a música me traga dinheiro, e também espero muito um dia ser reconhecido no cenário/ na cena com as paradas que eu quero produzir” (Fresh Start)
Enfim, esse trio maravilhoso pode ser encontrado no Gajah Lounge e Tabacaria na comercial da 203 norte. Vocês podem presencia-los em eventos por Brasília também. E se vocês querem uma dica, quando escutarem qualquer um desses nomes se joguem no rolê, vocês não irão se arrepender.
E para acompanhar mais dos seus trabalhos, só segui-los nas redes sociais:
[1] Por incrível que pareça, só tenho 23 anos.
[2] 808 sub-bass kick drums, sped-up hi-hats e camadas de sintetizadores são os elementos que compõe o trap. Geralmente tocado à 140bpm, o estilo surgiu no começo dos anos 2000 e à partir de 2012 tem sido bastante incorporado ao hiphop. Seu ápice veio com o viral “Harlem Shake”, do produtor Baauer.
[3] Gênero de música eletrônica que surgiu no final dos anos 90, como resultado da fusão entre Bass e House, ou com gêneros derivados como Deep House, Tech House e Future House, e com influências de outros. gêneros relacionados ao Bass, como Dubstep, Electro House, Techno, Fidget House e Trap, também podem ter influências de Hip Hop.
[4] is a subgenre of electro house music. Since the mid-2010s it has become one of the most popular forms of electronic dance music.[1] It is regarded as a combination of progressive house, electro house and electro techno.[1] It has gained mainstream popularity after artists like Hardwell, Nicky Romero and Sander van Doorn began infusing it into their musical style
[5] EDM geralmente é produzido para reprodução por disc jockeys (DJs) que criam seleções contínuas de faixas, chamadas mix, seguindo de uma gravação para outra. Os produtores de EDM também realizam sua música ao vivo em um show ou cenário de festivais no que às vezes é chamado de PA ao vivo. Na Europa, EDM é mais comummente chamado de “música de dança” ou simplesmente “dança”.
[6] Talvez um pouco mais difícil que o normal
[7] Back 2 Back
[8] Particularmente falando, eu ainda acho que eles entrem em uma transe