Review: Assassinato no Expresso do Oriente (2017)
Nota da autora: Talvez você deva procurar mais sobre Agatha Christie antes de ver o filme. E só mais uma coisa, essa história teve como inspiração uma tragédia real. Assassinato […]
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Nota da autora: Talvez você deva procurar mais sobre Agatha Christie antes de ver o filme. E só mais uma coisa, essa história teve como inspiração uma tragédia real. Assassinato […]
Nota da autora: Talvez você deva procurar mais sobre Agatha Christie antes de ver o filme. E só mais uma coisa, essa história teve como inspiração uma tragédia real.
Assassinato no Expresso do Oriente (“Murder on the Orient Express”) dirigido por Kenneth Branagh (“Thor” e “Cinderela”) é romance policial, baseado no livro homônimo da escritora Agatha Christie[1].
“Hercule Poirot (Kenneth Branagh, “Harry Potter e a Câmara Secreta” e “Operação Valquíria”), o melhor detetive do mundo embarca de última hora no Expresso do Oriente. O trem acidentalmente é parado por causa da forte neve. Pouco ele sabia que um assassinato estava planejado e que uma pessoa nesse comboio conseguiu cometer tal crime. Ele resolverá esse assassinato antes que o trem retorne a sua viagem?”[2]
“Assassinato no Expresso do Oriente” é uma releitura de Kenneth Branagh ao clássico de Agatha Christie. E quem melhor que Kenneth para trazer personagens e valores humanos? (vide “Hamlet”, “Henrique V” e até mesmo em “Thor”) Bom, e é com isso que Kenneth nós remete a uma atmosfera de um clássico noir moderno, com personagens excêntricos, piadas sutis, valores e suspense. E para mostrar que ainda está em forma, ainda assume o papel principal do filme: o de Hercule Poirot.
O filme da certo, a história é bem contada e apesar de pequenas alterações, vai agradar aqueles que acompanham a literatura de Agatha além daqueles que nunca escutaram falar sobre. E ainda temos que apreciar a escala de atores para a produção[3]: vamos das veteranas Judi Dench ( “007 – Operação Skyfall” e “Sua Majestade, Mrs. Brown” e Michelle Pfeiffer (“Mãe!” e “Batman: O Retorno”) até Daysi Ridle (os novos Star Wars “O Último Jedi” e o “Despertar da Força”). Bom, essas três não decepcionam, e apesar de cada um ter um “pequeno” espaço, seus personagens são extremamente bem desenvolvidos. Quem muito agrada é Johnny Depp (todo o universo de “Piratas do Caribe” e “A Janela Secreta”, já que depois de um certo tempo consegue se desvincular do seu eterno personagem que ele se transformou.[4]
Enfim, não da para citar separadamente cada um, mas é incrível ver que Kenneth Branagh conseguiu, além de entregar um bom filme, assumir tão bem o papel do melhor detetive do mundo[5]. O enredo circula todo ao redor de seu personagem, exigindo um maior desempenho, e sim, ele consegue assumir essas duas posições.[6]
O enredo pode em alguns pontos parecer”monótono”, pelo menos foi assim que eu senti, mas a verdade que ele é bem próximo do que o livro nos apresenta. Talvez pudéssemos ter um pouco mais de clímax? Talvez. Mas a verdade é que “Assassinato do Expresso do Oriente” é um livro de 1934, coloque-se no momento de sua publicação, é uma grande revolução. E pode ter certeza que o diretor usou de artimanhas para que pudéssemos nos sentir mais envolvidos, com sua filmagem dinâmica e alguns momentos com plano sequência único (a introdução dos personagens é incrível), vamos ficando cada vez mais envolvidos. A fotografia do filme é espetacular, a caracterização também, talvez um pouco falha em sua trilha sonora mas nada que atrapalhe de fato.
“Assassinato no Expresso do Oriente” de fato demonstra o quanto o diretor ainda está em forma, tanto como diretor e quanto ator. Merece sim que seja assistido no cinema, merece pipoca, merece aplausos. E obrigada Agatha Christie por ser a “Dama do Crime”!
Nota: 10/10
[1] Agatha Christie, foi uma escritora britânica que atuou como romancista, contista, dramaturga e poetisa. Destacou-se no subgênero romance policial, tendo ganhado popularmente, em vida, a alcunha de “Rainha/Dama do Crime” (“Queen/Lady of Crime”, no original em inglês).
[3] Temos também Penélope Cruz, Josh Gad, Williem Dafoe, Derek Jacob, entre outros.
[4] Já tinha um tempo que Johnny Depp não conseguia mudar e entregar personagens diferentes.
[5] Hercule Poirot
[6] De ator e diretor. Me desculpe, mas aprenda Ben Affleck.