Filmes e Tal (est.2010)

por Johnny

Finalizando a trilogia de Maze Runner, A Cura Mortal retoma a história com Thomas (Dylan O’Brien) fazendo todo o possível para resgatar seu amigo Minho (Ki Hong Lee). Junto com Newt (Thomas Sangster) e Caçarola (Dexter Darden), Thomas vai fazer de tudo para salvar seu amigo, inclusive enfrentar sua amiga Teresa (Kaya Scoldelario). Dirigido por Wes Ball, com as participações de Giancarlo Esposito, Rosa Salazar, Aiden Gillen e Patricia Clarkson.

Dylan O’Brien está se estabelecendo como um excelente ator. Sua performance é uma das melhores no longa e é muito incrível ver como ele consegue vender ser um adolescente logo após ele vender um bom adulto em Mitch Rapp em Assassino Americano. O que mais impressiona no ator é a sua capacidade de atuar bem em fimes medíocres. Além dele, Thomas Sangster faz um ótimo papel e o relacionamento de Thomas e Newt é um dos melhores pontos do filme. Se você acompanha Game of Thrones vai logo de cara perceber que o personagem de Aiden Gillen é a mesma coisa do Mindinho. Talvez um pouco pior porque ele não consegue mostrar pras pessoas o seu nível de manipulação que nem o da série faz, mas o Petyr Baelish de Maze Runner ainda é o mesmo manipulador psicótico que faz todo o possível sem importar com os outros.

Maze Runner foi bom. Ele veio em um período onde o gênero de Futuro Distópico Adolescente ainda estava em alta e fez um bom trabalho com isso. Maze Runner Prova de Fogo não foi. Foi um filme bem esquecível de tão medíocre que foi. Poucas coisas relevantes acontecem e não conseguem prender o espectador o suficiente. Com Prova de Fogo tendo sido lançado em 2015 e ser bem fraco, algo que as pessoas vão sentir falta sem dúvida é de um recap da história em algum momento, que infelizmente não acontece. Maze Runner A Cura Mortal consegue ficar no meio dos dois. Os personagens são melhores desenvolvidos, as cenas de ação são muito boas, mas ainda falta o público se importar com o que está acontecendo.

Dos pontos bons, a relação de Thomas e Newt é a melhor. Eles se baseiam muito no primeiro filme para manter e evoluir essa amizade. Claro que tem um monte de clichês (como no filme inteiro pra falar a verdade), mas a evolução dos personagens e como eles se importam um com o outro é interessante de assistir. Além disso, as cenas de ação, apesar de já se saber o que vai acontecer no início de cada sequência pelo filme ser tão previsível, as cenas são tão bem feitas que vale a pena assistir o que você acabou de  prever.

Algo que pode ser bom pra uns e ruim pra outros é a discussão moral do filme. Todos os filmes de Futuro Distópico Adolescente tem uma discussão moral. Jogos Vorazes com o seu Battle Royale de crianças para manter um status quo e a estabilidade da região, Divergente com a sua divisão de pessoas por uma característica dominante, entre outros. Maze Runner tem a tortura de adolescentes pra salvar o mundo. Mesmo em Jogos Vorazes e Divergente, é bem claro pra quem você está torcendo no filme, mas em Maze Runner não é bem assim. Os primeiros até conseguem fazer com que tenha um claro protagonista e um claro antagonista, mas nesse último, em vários momentos, é compreensível ver pessoas torcendo pela organização WCKD. Isso gera uma complexidade interessante pro filme que infelizmente não encaixa bem com o resto, ou até mesmo com o gênero.

A Cura Mortal, é um filme mediano que finaliza bem a história de Maze Runner. Não chega bem a realizar o que o primeiro realiza em questão de inovar ou manter o público interessado, mas os fãs da saga no cinema tem uma boa despedida da série.

Nota: 6/10