Review: Por Trás dos Seus Olhos (2018)
por Johnny All I see is You conta a história de Gina (Blake Lively), uma mulher parcialmente cega e seu marido James (Jason Clarke). Após uma cirurgia para tentar recuperar […]
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por Johnny All I see is You conta a história de Gina (Blake Lively), uma mulher parcialmente cega e seu marido James (Jason Clarke). Após uma cirurgia para tentar recuperar […]
por Johnny
All I see is You conta a história de Gina (Blake Lively), uma mulher parcialmente cega e seu marido James (Jason Clarke). Após uma cirurgia para tentar recuperar a visão, Gina e James descobrem que sua nova visão trouxe mais do que cores para suas vidas. Dirigido por Marc Forster, com as participações de Wes Chatham, Danny Huston e Ahna O’Reilly.
Talvez por estar um pouco acostumado com a interpretação de cego de Charlie Cox em Daredevil, de início Blake Lively parece não vender muito bem essa condição. Porém, ao decorrer do filme, após entender melhor a condição da personagem e o quão de fato ela consegue enxergar, sua performance fica bem clara vende muito bem. Jason Clarke vende o personagem do marido muito bem, fazendo o espectador reagir exatamente como a história pede, imergindo quem está assistindo no filme. Sempre que eu vejo Danny Huston eu imagino que ele ou é um vilão ou é militar. Não sei se é porque ele vende bem esse papel, mas foi um pouco decepcionante não ver ele ligar pro superior dele falando que sobre dominação mundial. Bom, quem sabe na próxima?
Por Trás dos Seus Olhos é um filme muito bonito e bem feito. A forma com que é mostrada pro espectador como Gina vê o mundo é extremamente bem feita no início do filme, gerando uma outra forma de empatia do espectador com a personagem diferente do que se vê normalmente. Além disso, a fotografia do filme é espetacular, as atuações são ótimas, até o som funciona bem pra história, mas parece que falta algo.
Esse algo se encontra na história em si. Os personagens secundários, apesar de serem bem representados, não trazem quase nada para a história (tirando um que é essencial para o clímax). Apesar de questionar pensamentos interessantes sobre casamento, felicidade e dependência, as entregas dessas mensagens parece ser meio fraca. Alguns detalhes tiram um pouco quem está vendo o filme da suspensão de descrença. Coisas como a mulher colocando um pássaro morto no freezer (Sério).
A passagem de tempo do filme também é um pouco estranha. Em vários momentos fica bem confuso para o espectador quanto tempo passou de uma cena pra outra e se perde um pouco da mágica do filme, principalmente no que tange a recuperação da visão de Gina, cujas ótimas cenas de “primeira pessoa” são descartadas conforme sua vista melhora.
O final é um pouco jogado de forma brusca pro espectador especular, deixando uma falta de sensação de conclusão que não coube bem no filme. Quem vê o filme sai com um gosto de “quero mais” só que de uma forma ruim. Não é um “quero mais” porque foi bom, e sim porque faltou. Talvez o filme funcionaria bem mais se fosse revisto como um thriller.
All I See is You é uma excelente produção de uma história que deixa a desejar. Os temas são bons de serem explorados mas falta uma conclusão mais bem feita para o espectador. Se for ver, vale muito a pena ver no cinema, principalmente para enaltecer coisas como o som e as imagens bem feitas.
Nota: 6/10