por Ed Jr.

Venom, dirigido por Ruben Fleischer (“Zumbilândia”), novo filme de ação da Sony em parceria com a Marvel, é um spin-off do mais famoso anti-herói do universo Homem-Aranha – vale ressaltar que, apesar de originalmente fazer parte das HQs do Teioso, Venom é desconectado do universo cinematográfico da Marvel.

Eddie Brock (Tom Hardy, “Mad Max: Estrada da Fúria”) é um conhecido e competente jornalista investigativo de uma emissora em San Francisco, EUA. Sua vida começa a mudar quando é escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed, “Rogue One: Uma História Star Wars”), milionário CEO da Fundação Vida, responsável por missões exploratórias espaciais. Aproveitando-se de documentos enviados à sua namorada Anne (Michelle Williams, “Manchester À Beira-Mar”), advogada da fundação, Eddie descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos e decide confrontar o milionário, o que resulta na demissão do repórter.

Seis meses depois, desempregado e solteiro, o jornalista consegue uma nova pista relacionada aos experimentos, e desta vez descobre que a fundação tem estudado o efeito de simbiontes alienígenas sobre os humanos. Ao invadir os laboratórios onde são feitos os testes, Eddie é pego de surpresa e acaba tomado pelo simbionte Venom, ganhando incríveis superpoderes. Enquanto é perseguido pelos capangas de Drake, que quer seu simbionte de volta, Brock deve trabalhar sua relação com o parasita alienígena se quiser sobreviver e por um fim aos planos do vilão.

O elenco conta ainda com Jenny Slate (no papel da Dra. Dora Skirth), Reid Scott  (médico Dan), Scott Haze (capanga Treece), entre outros.

Onze anos depois da aparição no desastroso Homem-Aranha 3, Venom ganha seu próprio rumo nessa aguardada produção de 2018. Infelizmente para os fãs, o roteiro nitidamente feito ‘nas coxas’, as cenas de ação confusas e o ausência de tom (não dá pra saber se é pra ser levado a sério, se é um pastelão…) deixam o filme bem aquém das expectativas.

Na tentativa de fazer o básico em um filme de herói atual, os roteiristas se perdem na preguiça, deixando várias lacunas na narrativa e inúmeros questionamentos sem explicações. A direção de Fleischer também não coopera! Apesar de bem coreografados, grande parte dos momentos de ação é caótica e lembra muito o jeito Michael Bay/Transformers de ser (curiosamente, a voz do simbionte Venom lembra bastante a do Optimus Prime….).

Outro ponto incômodo é a linha que a produção quer seguir, alías, a falta de noção quanto a isso. Venom é ora sombrio/suspense, ora comédia/pastelão, e essa mistura, proposital ou não, não funciona aqui.

Levando-se em conta que a direção e o roteiro influenciam em tudo, a avaliação do elenco de Venom também fica bastante prejudicada. Os ótimos Riz Ahmed e Michelle Williams ficam relegados à personagens mal construídos e subutilizados e até o excelente Tom Hardy parece um tanto forçado com momentos cômicos fora do lugar, ainda que a interação entre Eddie e Venom seja o ponto positivo do filme.

Por fim, Venom poderia ser um filme com uma pegada mais dark, pesada e até assustadora, ou deixar tudo isso pra lá e seguir na onda de Deadpool, mas a indecisão de qual caminho seguir vai fazê-lo trafegar ali naquele limbo onde se encontram Quarteto Fantástico e Motoqueiro Fantasma. Portanto, deixe suas expectativas lá no chão e pode ser que você saia entretido do cinema…

Nota: 5/10

OBS: são DUAS cenas pós-créditos!!! Fique sentado até as luzes do cinema acenderem! 😉

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