por Ed Jr

Power Rangers, a ‘nova’ aposta da Lionsgate no mundo dos super-heróis e dirigido pelo quase desconhecido Dean Israelite (“Projeto Almanaque”), é um reboot do primeiro longa – esse é o terceiro – baseado na série de sucesso lançada em 1993.

Jason (Dacre Montgomery, 2ª temporada da série “Stranger Things”), Billy (RJ Cyler, “Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer”), Kimberly (Naomi Scott, “Os 33”), Trini (Becky G.) e Zack (Ludi Lin) são cinco jovens comuns, cada qual com seus problemas, da pequena cidade de Alameda dos Anjos.

Após um dia de detenção, os cinco adolescentes acabam se encontrando numa mina de ouro e acidentalmente desenterram 5 moedas coloridas. Diante de estranhas e extraordinárias transformações, os jovens partem em busca de explicações e descobrem que o mundo corre perigo por conta de uma ameaça alienígena chamada Rita Repulsa (Elizabeth Banks, série “Modern Family”).

Escolhidos pelo destino e guiados por Zordon (Bryan Cranston, série “Breaking Bad”) e o robô Alpha 5 (voz de Bill Hader, “Superbad: É Hoje”), os jovens terão que resolver seus problemas para se unirem como os Power Rangers e, assim, deter Rita.

Filmes baseados em HQs ou séries de super-heróis são preocupantes (em especial pela necessidade de agradar aos fanboys), os reboots deles então, mais ainda! Power Rangers, no entanto, consegue superar essa barreira e apresenta uma agradável junção de nostalgia e modernidade.

Com um bom roteiro e surpreendente direção, o filme não é somente um punhado de lutas coreografadas, faíscas aqui e ali e explosões, pelo contrário! Israelite trouxe mais uma espécie de apresentação do que seriam os novos Rangers, mostrando cada um dos personagens individualmente – seus problemas e suas batalhas internas – e coletivamente – necessidade de se conhecerem/unirem para formação dos Power Rangers.

Nessa pegada de apresentar os personagens, a produção aborda, ainda que de maneira superficial, temas como autismo, bullying, relações LGBT, etc, e o elenco consegue corresponder, apesar da falta de expressão de Montgomery e Becky G.. RJ Cyler se destaca dos outros e rouba a cena (inclusive nas partes cômicas do filme junto com o Alpha).

Claro que temos pontos negativos: os efeitos especiais, alguns são bem fracos, em especial quando os Zords são ativados; e os vilões, seja pela demora até os Rangers os enfrentarem, seja pelo vilão em si. A Rita, mesmo com uma boa atuação de Elizabeth Banks, não é nada marcante e o monstro Goldar parece saído diretamente do horrível Deuses do Egito.

Resumindo, Power Rangers é uma grata surpresa que tem, obviamente, alguns defeitos aqui e ali. Agrada quem é mais velho e acompanhou o seriado (a musiquinha Go Go Power Rangers e o MegaZord chegam a emocionar!!!) ao mesmo tempo que insere os mais novos no divertido mundo de Alameda dos Anjos….

PS1: os easter eggs pros fãs da série original são excelentes…

PS2: Tem cena pós-créditos!

Nota: 8/10

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