Review: Mãe!
Nota da autora: O que dizer de um filme que te traz uma caralhada de sentimentos em apenas 2 horas? Sim queridos, 2 horas são poucas para um mix tão […]
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Nota da autora: O que dizer de um filme que te traz uma caralhada de sentimentos em apenas 2 horas? Sim queridos, 2 horas são poucas para um mix tão […]
Nota da autora: O que dizer de um filme que te traz uma caralhada de sentimentos em apenas 2 horas? Sim queridos, 2 horas são poucas para um mix tão grande, você sai perplexo e sem entender, sem digerir o que acabou de assistir, é difícil escrever. Ma vamos lá.
Mãe! (Mother!), dirigido por Darren Aronofsky (“Réquiem para um Sonho” e “Cisne Negro”) é um filme de terror psicológico/suspense estadunidense, lançado no ano de 2017.
Um casal começa a ter problemas quando desconhecidos aparecem de surpresa em sua casa.
Aronofsky eleva seu trabalho a um nível dificilmente já assistido em qualquer outra cinegrafia, com um mar de referências, demonstrando que claramente é alguém estudado e que cinema não é só para contos de fadas (vai além). Ou seja, “Mãe!” é aquele filme que separa as crianças dos adultos. Um pouco prepotente? Talvez, mas a verdade que o filme é denso, com críticas e referências POR TODOS OS LADOS. Fica claro que o diretor tem uma carga do próprio cinema como é perceptível a semelhança com “O Bebê de Rosemary”. Também temos os elementos bíblicos (algo normalmente presente em suas histórias) e críticas a comportamentos humanos. Darren joga tudo isso num liquidificador de Salvador Dalí que cospe uma obra prima.
Cada personagem é impecavelmente bem construído. Com gigantes na arte da atuação, o filme não falha no quesito: Jennifer Lawrence (“O Lado Bom da Vida” e “Jogos Vorazes”)[1], Javier Barden (“Onde os Fracos não Têm Vez” e “Vicky Cristina Barcelona”), Michelle Pfeiffer (“Scarface” e “Batman: O Retorno”) e Ed Harris (“Westworld” e “O Show de Truman”) são nomes já conhecidos e que não esperaríamos menos deles. Cada um com suas características peculiares nos envolve profundamente em seus diálogos e universos, trazem reflexões durante todo o filme.
Cada detalhe é essencial na elaboração do ambiente da narrativa. Temos uma história contada na perspectiva da personagem de Jennifer Lawrence, uma filmagem que a acompanha de forma intensa, com closes constantes e de forma claustrofóbica, os sentimentos de Lawrence são transmitidos para os expectadores e que envolve a cada momento. E é com todo esse envolvimento que começam os mixes de sentimentos, é com eles que as 2 horas se tornam as mais tensas, insanas e angustiantes[2]. Ficamos felizes quando ela está feliz e mal quando ela está, uma montanha-russa. E também é com toda essa oscilação que o filme desenvolve o que não é uma história tradicional, é uma narrativa cíclica.
Sim, Mãe! é uma montanha-russa, e com esses vai e vens que Darren arrebenta e provavelmente traz um dos melhores (se não o melhor) filme de 2017.
Nota: 10/10
Observações:
[1] Provavelmente será mais uma indicação pra nova Jennifer.
[2] Não que sejam ruins, é bom imergir no filme, só são densos.